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Controladoria do Município estuda reduzir burocracia nos processos do IMAS

por Heloiza Amaral publicado 06/03/2018 09h20, última modificação 06/03/2018 15h24

O controlador geral do Município, Juliano Bezerra, se comprometeu a fazer um estudo técnico para desburocratizar o processo de pagamento dos prestadores de serviço do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS). O compromisso foi feito durante audiência pública promovida pelos vereadores Elias Vaz (PSB) e Sabrina Garcez (PMB) na última segunda-feira (5).

Segundo o controlador, o Tribunal de Contas dos Municípios determinou mudança no sistema no ano passado, exigindo primeiro a realização de auditoria para só depois autorizar o pagamento dos procedimentos. “Vou me reunir com o prefeito e o TCM e tentar reverter essa situação”, disse Juliano Bezerra. Ele também agendou reunião com representantes do Fórum Sindical e dos conselhos de servidores para a próxima quinta-feira (8), para anunciar uma posição.

Conflitos

A audiência foi marcada por conflitos entre os representantes da prefeitura. O presidente do Instituto, Sebastião Peixoto, informou que encaminhou 512 processos à Controladoria e está aguardando autorização para efetivar o pagamento. O controlador do Município contestou, disse que tinha cerca de 360 processos para análise. E apontou que servidores do IMAS estariam realizando os procedimentos de forma errada e atrasando os processos. “Fizemos um passo a passo para o Instituto e mesmo assim fizeram errado de novo.”

Peixoto informou que estava aguardando pagamento de R$30 milhões por parte da secretaria municipal de Finanças. O titular da pasta, Alessandro Melo, disse que não dispõe desse recurso e que o problema do IMAS não é falta de dinheiro. “Essas contradições chamaram a atenção e são um indício dos problemas no Instituto”, afirmou Elias Vaz.

Vários sindicatos e servidores se manifestaram durante a audiência pública. Todos defenderam o fortalecimento do Instituto, apesar de haver divergência de opiniões sobre a possibilidade de atendimento dos servidores pelo Ipasgo. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação, Bia de Lima, defendeu que o Ipasgo pode ser melhor para os servidores, mas admitiu que o problema está no valor do desconto, que é mais alto. O presidente da Associação dos Servidores de Nível Superior, Paulo Ribeiro, destacou que não seria imposta a mudança, mas uma escolha dos servidores.

Apesar disso, nenhum servidor presente se manifestou favorável à transferência do serviço para o Ipasgo quando foi perguntado no auditório. Com um ponto, no entanto, todos concordaram: a transferência da gestão do IMAS para servidores efetivos. “Precisamos fortalecer o nosso Instituto. É o nosso plano, deve ser gerido por nós”, afirmou a representante do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed), Kenia Dias da Silva. “Já existe projeto de lei tramitando na Câmara Municipal para permitir que isso aconteça. Estamos nessa briga ao lado dos servidores, para que tenham voz”, destacou a vereadora Sabrina Garcez.

Elias Vaz adiantou que vai continuar acompanhando a situação. “Se for preciso, vamos fazer outras reuniões. É inadmissível que isso continue acontecendo. Depois de anos pagando o plano, o servidor padecer sem atendimento. Também considero que o Imas é dos servidores e deve ter autonomia de gestão, é uma bandeira importante. Outro caminho é continuar a discussão sobre o Hospital do Servidor Municipal, que pode ser uma conquista para o funcionalismo público", concluiu o vereador. (Foto: Marcelo do Vale) (Com informações de gabinete)