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Gerente de saúde bucal diz à CEI da Saúde que apenas 10 unidades estão realizando atendimentos

por Michelle Lemes publicado 05/12/2017 18h35, última modificação 05/12/2017 18h32

CEI da Saúde, presidida pelo vereador Clécio Alves, ouviu nesta terça-feira, 5, depoimentos das servidoras Ana Paula Nomelini Marques da Silva Vianna, gerente de saúde bucal do município, e Luciana Curado Santos, superintendente de gestão de redes de atenção à Saúde para apurar a suspensão do atendimento odontológico em Goiânia.

A odontóloga Ana Paula Nomelini, que está na gerência desde janeiro de 2016, respondeu aos questionamentos dos membros da CEI sobre o andamento dos processos licitatórios. Segundo ela, a burocracia do sistema licitatório e a falta de entrega por parte dos fornecedores foram os responsáveis pela falta de insumos básicos e anestésicos que impossibilitaram aos odontólogos realizarem os devidos atendimentos. De acordo com ela, são 87 unidades de saúde e apenas dez, que são as de emergência, estão com estoque de anestésicos e realizando os devidos procedimentos. A gerente apresentou levantamento de dados que mostra que foram realizados desde janeiro deste ano 37 mil atendimentos, o que corresponde a um atendimento a cada dois dias em Goiânia.

O relator da CEI, vereador Elias Vaz, apresentou durante o depoimento fotos da situação caótica das unidades de saúde do Novo Horizonte, Novo Mundo e Cândida de Moraes, fornecidas pelo Conselho Regional de Odontologia de Goiás. As imagens retratavam a falta de limpeza, paredes com mofo e falta de iluminação adequada, além dos equipamentos com defeito e sem manutenção.

Pela vereadora Dra Cristina Lopes ela foi questionada sobre o planejamento que é feito para evitar que esses impasses ocorram. Ana Paula Nomelini esclareceu que faz um planejamento ao longo do ano conforme surgem as necessidades das unidades. Ao vereador Paulo Daher ela disse dar nota cinco ao serviço odontológico municipal. Vereador Jorge Kajuru disse considera-la uma vítima da má gestão da rede municipal de saúde.

Além dela, a CEI da Saúde ouviu a médica e superintendente Luciana Curado Santos, que está há dois meses na Superintendência e há cinco anos como servidora da rede pública municipal. Ela disse ter sido escolhida pela secretária Fátima Mrué para ocupar o cargo e acreditar no projeto da secretária para a saúde pública. Vereador Jorge Kajuru apresentou um vídeo onde servidores da unidades de saúde cobram o vale alimentação, que está atrasado há meses.

Questionada pela vereadora Dra Cristina Lopes sobre a situação das pessoas que estão sofrendo a falta do atendimento básico de saúde, como Celina Lopes Teixeira, que relatou ter arrancado os próprios dentes depois de buscar por atendimento e não encontrar, ela disse ter ouvido da secretária que, em uma visita à mulher, obteve as informações de que era um hábito dela realizar esse procedimento há muito tempo.

Diante disso, o vereador Elias Vaz entrou em contato com Celina Teixeira, que disse, por meio do viva voz, estar indignada com essa mentira. O presidente Clécio Alves decidiu, então, agendar para amanhã, às 10 horas, uma reunião da CEI para ouvir Celina Lopes Teixeira, na Câmara Municipal. Foto: Marcelo do Vale