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ONGs protetoras de animais pedem delegacia especializada e outras demandas

por Guilherme Machado publicado 17/10/2018 18h35, última modificação 17/10/2018 18h35
ONGs protetoras de animais pedem delegacia especializada e outras demandas

Foto: Marcelo do Vale

Representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas a proteção animal e protetores independentes estiveram presentes durante uma audiência pública na Câmara para cobrar a criação de uma delegacia especializada na repressão aos maus-tratos a animais. 

Sob comando de Zander Fábio (Pros), a reunião contou com a participação do vereador Delegado Eduardo Prado (PV), que afirmou ter conversado pessoalmente com o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes de Almeida, e ouvido dele a promessa de que será instalada uma unidade específica para investigar os crimes de maus-tratos aos animais. 

Zander destacou a sua luta pela causa animal durante seu mandato de vereador. Foram 15 projetos aprovados sobre o tema, sendo o maior deles o que prevê a construção de um hospital municipal veterinário. “O fundo para garantir a construção e o funcionamento do hospital também já está aprovado, assim como a área onde ele será erguido já está reservada”, explicou ele. 

Outro vereador convidado, Elias Vaz (PSB), fez elogios a lei de autoria de Zander. “Quando uma pessoa rica tem algum bicho de estimação com problema de saúde, ela consegue levar a um veterinário e pagar o tratamento. Já uma pessoa pobre não. Por isso o hospital veterinário é necessário porque representa a democratização do acesso à saúde animal.” Ele garantiu que, a partir do ano que vem, quando tomar posse como deputado federal, irá trabalhar para conseguir recursos para causas animais em parceria com os demais vereadores eleitos para a Assembleia Legislativa e Senado. 

Entre os representantes, estava Lucíula Cascão, presidente da ONG Recanto Anjos Peludos, que elogiou as iniciativas de construir o hospital e criar a delegacia especializada, mas também cobrou ações complementares, especialmente a criação de um abrigo para animais. “Um cachorro de rua que seja atendido pelo hospital, por exemplo, para onde ele irá depois que receber alto? Vai voltar para a rua? Com o abrigo, ele iria para lá e aguardaria a adoção”, afirmou. 

Outro problema causado pela falta do abrigo, segundo ela, é o comum retorno de animais agredidos, nos casos apurados pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), aos agressores devido a falta de local para a guarda apropriada pelo poder público.