Empoderadas: Educação na Lei Maria da Penha
Produzido pela designer Juliana Queiroz, em sua pesquisa de mestrado na Universidade Federal de Goiás (UFG), o Empoderadas é um jogo investigativo que tem por objetivo conscientizar estudantes sobre violência doméstica. Desenvolvido com base na Lei Maria da Penha, o jogo de tabuleiro propõe que cada participante evite uma violência de gênero vinte horas antes que ela aconteça. O jogo pode ter de 2 a 9 jogadores, a partir de 12 anos de idade.
“O Jogo “Empoderadas" traz ainda personagens heroínas, mulheres heroínas, da história afrocentrada do Brasil e de vários períodos diferentes. Nós temos no Jogo Empoderadas personalidades como a Aqualtune, que foi a mãe de zumbi dos Palmares, a Chica Manicongo, que foi uma grande rainha imperatriz que chegou ao Brasil e também fez grandes revoluções, grandes transformações. Nós temos Luísa Bairros, Aida Santos, Beatriz Nascimento, Almerinda Farias, Neusa Souza, Elenira Rezende e todas são personalidades femininas negras que contribuíram fortemente para a intelectualidade preta brasileira discutindo, pensando, repensando e propondo novas estratégias para diminuir ou eliminar o racismo estrutural presente em nosso país. Então, o jogo tem esse plus a mais que deixa ainda mais interessante essa história, visto que traz também para os jogadores nessa faixa etária de 12 a 16, 17 anos, também a história dessas personalidades dessas mulheres negras que foram fundamentais para o nosso país.” comenta Poliana Queiroz, articuladora da Comissão de Direitos Humanos da Casa Legislativa.
Uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás e a Câmara Municipal de Goiânia, por meio da Ouvidoria da Mulher, Escola do Legislativo e das Comissões de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e dos Direitos Humanos, propiciou a impressão de duzentos exemplares do Jogo Empoderadas para distribuição em escolas municipais. Com agendamento prévio, a visita à unidade escolar é feita pela criadora do Jogo e uma representante da Câmara para falar sobre o tema e realizar uma primeira simulação do Empoderadas.
O Jogo trabalha simultaneamente a noção de responsabilidade coletiva, premissas antirracistas, habilidades de interpretação, raciocínio, interatividade e agilidade. Além disso, de uma maneira lúdica e educativa, leva para as salas de aula um assunto denso e complexo, num movimento que pode mudar cenários abusivos dentro de casa, além de ampliar o conhecimento dos estudantes acerca dos direitos das mulheres e de brasileiras que fizeram história mundo afora.