Vereadores repercutem aporte de R$ 190 milhões da Prefeitura à Comurg
Após o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) anunciar a destinação de R$ 190 milhões à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), o assunto repercutiu no Plenário da Câmara.
Vereadores questionaram a forma como o prefeito pretende repassar o dinheiro. Mabel sinalizou que a transferência do recurso deverá ser regulamentada por decreto, sem discussão e votação de projeto de lei no Legislativo.
Segundo a Prefeitura, o aporte financeiro será essencial para o reequilíbrio das contas da Comurg. O valor deverá ser usado no pagamento de rescisões de contratos com funcionários; na concessão de aposentadorias; em acertos com fornecedores; e na quitação de precatórios.
A maioria dos vereadores concorda com a urgência de soluções para a crise na Comurg e para os problemas na limpeza urbana. Parlamentares criticam, entretanto, o repasse via decreto.
Luan Alves (MDB) e Heyler Leão (PP) alegam que, sem projeto de lei, faltará transparência na destinação do recurso.
Sanches da Federal (PP) disse que apresentou requerimento, pedindo informações sobre a aplicação do dinheiro.
Para Anselmo Pereira (MDB), a opção da Prefeitura esvazia o papel constitucional do Poder Legislativo.
Coronel Urzêda (PL), além de ser contra a falta de projeto de lei, defende outras condições para o repasse à Comurg.
Representante da oposição, Aava Santiago (PSDB) aponta contradição no socorro à Comurg e cobra explicações do Executivo quanto ao aporte milionário, em plena vigência do decreto de calamidade financeira no Município.
Já o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), reconhece a possibilidade do repasse de dinheiro à Comurg via decreto, pois o valor de R$ 190 milhões está dentro do limite que o prefeito pode remanejar do orçamento municipal, sem projeto de lei. Ainda assim, Policarpo defende a participação da Câmara no debate.
Pedro Azulão Jr. (MDB) usou a Tribuna para defender a posição do prefeito Sandro Mabel.