Em audiência pública, Kátia discute fechamento do Cmei Orlando Alves Carneiro
A vereadora Kátia (PT) realizou, nessa quarta-feira (23), audiência pública em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Orlando Alves Carneiro, no Setor Campinas, para discutir com a comunidade o fechamento da unidade, anunciado pela Prefeitura de Goiânia. A reunião contou com presença de dezenas de pais, de mães e de servidores da educação, que expressaram profunda indignação com a decisão da Secretaria Municipal de Educação (SME).
A principal crítica feita pelos presentes foi o impacto negativo que a medida trará para 129 crianças atualmente matriculadas, além de transtornos para as famílias, especialmente por ocorrer em pleno andamento do semestre letivo. A falta de planejamento, de gestão e de diálogo por parte da Prefeitura foi um dos pontos mais destacados durante a audiência.
Para a vereadora Kátia, a decisão evidencia o descaso da atual gestão municipal com a educação infantil e com a comunidade do Setor Campinas. “É inadmissível que um Cmei seja fechado no meio do ano, sem transparência e sem que um plano consistente de realocação seja apresentado às famílias. Isso demonstra a ausência de cuidado e de respeito com as crianças, com os trabalhadores da educação e com a população do bairro”, afirmou.
A Prefeitura alega que o prédio alugado onde funciona o Cmei apresenta estrutura inadequada, como escadas, falta de área externa e apenas uma entrada e saída, o que representaria risco à segurança dos alunos. O valor do aluguel, de R$ 17 mil mensais, também foi usado como argumento para o fechamento da unidade. No entanto, para participantes da audiência, a solução deveria ser a reforma ou a busca por outro espaço adequado no mesmo bairro, e não o fechamento da unidade.
Kátia defendeu a suspensão imediata do fechamento até que um plano transparente de remanejamento das crianças e dos servidores seja apresentado. A vereadora se comprometeu a acionar o Ministério Público (MPGO) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCMGO) para investigar a legalidade da medida.
A mobilização da comunidade continua e novas ações de resistência ao fechamento do Cmei devem ser anunciadas nos próximos dias.