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“Restrição de medicamentos à base de cannabis medicinal é grande retrocesso”, afirma Kitão

por Edição de notícias publicado 20/10/2022 15h35, última modificação 20/10/2022 16h41
Autor de lei que permite distribuição de medicamentos à base da substância em Goiânia requereu revisão de normativa do CFM

O vereador Lucas Kitão (PSD) considera grande retrocesso a Resolução nº 2.324/2022, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringe prescrição de medicamentos à base de cannabis medicinal. A normativa limita uso da substância à prescrição de remédios à base de canabidiol (CBD) e exclui, por exemplo, medicamentos à base de tetrahidrocanabinol (THC), que eram prescritos anteriormente.

O parlamentar é autor de lei que permite distribuição de cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também da criação do Dia da Cannabis Medicinal em Goiânia.

Kitão defende que tratamentos com cannabis medicinal, acompanhando inovações na ciência, saúde e tecnologia, mostram-se importantes para melhora da qualidade de vida de pessoas que necessitam desse tipo de medicamento. Ele é contrário à normativa do CFM, a qual considera "bastante restritiva". A resolução limita prescrição de canabidiol ao tratamento de apenas dois tipos de epilepsia e, para os demais casos, "apenas se o tratamento fizer parte de estudo científico".

“É um grande retrocesso, que vamos tentar reverter junto às associações e aos pacientes que necessitam desse tipo de tratamento para transtornos como autismo e até mesmo Alzheimer. Esse preconceito vai retirar qualidade de vida de muita gente e precisamos reverter o quadro”, avalia o vereador.

Requerimento

Em Sessão da Câmara de Goiânia, realizada na última terça-feira (18), Lucas Kitão requereu revisão da normativa que inviabiliza prescrição de outros medicamentos derivados da cannabis, como Metavyl – indicado para tratamento de esclerose múltipla.

“É o caminho inverso do que acontece no mundo. Há diversas doenças que já contam com terapias a partir de medicamentos à base da cannabis, desde transtornos do espectro autista até depressão, ansiedade e esclerose múltipla. Essas pessoas podem ficar sem o medicamento”, conclui.

*Com informações da assessoria de comunicação do vereador