Você está aqui: Página Inicial / Sala de Imprensa / Notícias / Aava Santiago busca incluir no Plano Diretor novos critérios técnicos para município autorizar ocupação da área rural

Aava Santiago busca incluir no Plano Diretor novos critérios técnicos para município autorizar ocupação da área rural

por Da Redação publicado 27/01/2022 13h45, última modificação 28/01/2022 12h12
Para a vereadora, critério de continuidade com loteamentos existentes e pagamento por parte do interessado, via outorga onerosa, não são suficientes para assegurar o interesse público, sobretudo quanto aos impactos ambientais da expansão da macrozona construída

A vereadora Aava Santiago (PSDB) vai propor emendas ao Plano Diretor no sentido de assegurar maior transparência às regras de expansão urbana em Goiânia e de fortalecer o controle do poder público em relação aos limites da macrozona construída. A decisão foi tomada na última segunda-feira (24), durante o quinto encontro do grupo de trabalho, criado pela parlamentar, para aprofundar os estudos e propor mudanças à matéria, que tramita na Câmara.

A parlamentar estuda incluir outros critérios para o município autorizar a expansão do perímetro urbano, além da contiguidade com loteamentos, no mínimo, 30% ocupados, presente na proposta do Executivo e modificada na Comissão Mista. A ideia é assegurar que seja incorporado ao texto e aos mapas o atendimento ao interesse público, especialmente em relação à preservação e à responsabilidade ambiental; à clareza na finalidade e nos usos que serão dados às áreas a serem integradas à macrozona construída; à destinação da finalidade comunitária dos imóveis públicos resultantes dos novos parcelamentos; e à necessidade de um panorama geoespacial das áreas que hoje poderiam ser liberadas à expansão, com base no critério de contiguidade.

Aava lembra, por exemplo, que o relatório da Comissão Mista suprimiu o artigo 102 do texto original do projeto, que obrigava o imóvel que passa a integrar a macrozona construída a transformar em área verde urbana metade da área de reserva legal, sem prejuízo da Área de Preservação Permanente, regulamentada por lei federal. “Vamos propor retomar a redação original desse trecho, além de incluir outros critérios para a expansão urbana”, pontua.

“Pelo texto em tramitação, os limites da macrozona construída ficam condicionados principalmente ao interesse do dono do imóvel que pode pagar para alterar o uso do solo, via outorga onerosa, respeitado o critério da contiguidade. Entendemos que os limites da macrozona construída, seguindo o que determina a legislação, precisam ficar sob o controle do município. Por lei, é o poder público que tem a responsabilidade intransferível de, antes de promover a expansão sobre a zona rural, avaliar tecnicamente se os impactos da mudança atendem ao interesse público, no âmbito das políticas ambientais e sociais e na busca por uma cidade mais justa. Sozinho, o critério da contiguidade não é suficiente para isso”, argumenta a vereadora.

A proposta de mudança que deverá ser levada por Aava ao Plenário da Câmara, no último turno de votação do projeto, está sendo elaborada.

*Com informações da assessoria de comunicação da vereadora