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Aava Santiago solicita que puérperas e lactantes sejam priorizadas em vacinação contra Covid-19

por Da Redação publicado 26/05/2021 09h55, última modificação 26/05/2021 09h59

No último dia 20, a vereadora Aava Santiago (PSDB) solicitou ao Paço Municipal e à Secretaria Municipal de Saúde que incluam as mulheres puérperas e lactantes como prioridade no plano de vacinação contra a COVID-19. O requerimento foi apresentado após ouvir a mobilização das mães lactantes e também com base na possibilidade apontada por cientistas de ocorrer passagem de imunização das mães vacinadas para bebês pelo leite materno.

Detalhes Pesquisa

O resultado da pesquisa publicada pela revista científica JAMA (Journal of the American Medical Association) em que cientistas descobriram a presença de 97% de anticorpos contra o novo coronavírus no leite materno de mulheres que receberam as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech, com 21 dias de intervalo comprova a possibilidade de passagem da imunização das mães aos bebês pelo leite materno.

Na análise realizada, os cientistas coletaram 504 amostras de leite materno, fornecidas por 84 mulheres distintas de Israel, que foram acompanhadas entre os dias 23 de dezembro de 2020 a 15 de janeiro de 2021. Para fins de comparação, os cientistas colheram o leite materno antes das lactantes receberem o imunizante e, em seguida, a partir do 14° dia após receberem a primeira dose da Pfizer.

Duas semanas após receberem a primeira etapa do imunizante, 61,4 % das amostras colhidas mostraram o desenvolvimento de anticorpos IgA contra Covid-19, a primeira linha de frente de defesa do organismo do bebé obtida pelo leite materno e age diretamente contra agentes infecciosos que entram no corpo humano por meio de mucosas, lá na quarta semana, quando a lactante já havia recebido a segunda dose da vacina, esse número chegou a 86,1 % de incidência.

Já com relação ao anticorpo IgG, específico para o combate do Sars-Cov-2, os cientistas perceberam que a sua quantidade permaneceu baixa durante as três semanas após a primeira dose da imunização. No entanto, com a chegada da quarta semana e, consequentemente, da segunda dose. 91,7% das amostras demonstravam a presença do anticorpo. Já na quinta e sexta semanas, o número de anticorpos ficou ainda mais forte, com 97% de evidência.

Puérperas e lactantes são grupos de risco para COVID-19

A COVID-19 tem se mostrado muito agressiva para lactantes e puérperas. Até o dia 12 de maio deste ano, estes grupos, juntamente com as gestantes, já tiveram 642 mortes pela doença, número que ultrapassa o total de 2020, quando o país registrou 457 óbitos entre gestantes e mães no pós-parto. Além disso, para cada cinco gestantes e puérperas mortas pelo novo coronavírus, uma não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 33% não foram intubadas. (da Assessoria de comunicação da vereadora).