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Alysson Lima discute possível privatização dos Correios

por Guilherme Machado publicado 03/05/2017 17h34, última modificação 03/05/2017 17h34
Alysson Lima discute possível privatização dos Correios

Foto: Marcelo do Vale

O vereador Alysson Lima (PRB) realizou na tarde desta quarta, 3, uma audiência pública junto com carteiros e funcionários dos Correios para discutir a possível privatização da empresa. Estavam presentes também os vereadores Emilson Pereira (PTN), Leia Klébia (PSC), Oseias Varão (PSB) e Rogério Cruz (PRB). 

Todos enfatizaram que o trabalho de entrega de correspondências e encomendas pelos Correios é de grande importância para o país, sendo uma empresa referência no mundo. Alysson Lima disse que “nem é a favor, nem é contra” as privatizações, pois houve casos em que algumas formam malsucedidas, assim como outras bem-sucedidas. No último caso, ele citou a privatização das empresas de telefonia, que, segundo ele, modernizaram as comunicações do país. 

Convidado para falar em nome dos funcionários, o secretário do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Goiás (Sintect-GO), Eliseu Pereira criticou o presidente Michel Temer, que, segundo ele, teria dito que “o país evoluiu e que não precisa mais dos Correios da forma como é”. “Em 2015 nós distribuímos 8 bilhões e 800 milhões de objetos por esse país, como não precisam da gente?" 

Para ele, está ocorrendo um processo de sucateamento da empresa para haver justificativa de vendê-la, com o apoio da opinião pública e da sociedade. Uma das táticas para diminuir a qualidade do serviço, relatou ele, está na aplicação da Distribuição Domiciliar Alternada (DDA), que resulta na diminuição da frequência que os carteiros fazem entrega nos bairros e na sobrecarga de trabalho dos funcionários. 

Já o diretor regional dos Correios, Adiel Costa Macedo, reconheceu que a empresa tem problemas financeiros, acumulando nos últimos dois anos um prejuízo de R$ 2 bilhões, mas que “não consegue enxergar a possibilidade de um correio brasileiro privado”. Segundo ele, a empresa atende, só em Goiás, 207 municípios, mas “no máximo 20 são superavitários”, ou seja, dão lucro. “Os Correios fazem um trabalho social de ligação desses pontos menos habitados com os grandes centros que uma transportadora privada atenderia muito ocasionalmente”. Dessa forma, a privatização, se ocorrer, será “um grande prejuízo para a sociedade”. 

Ele disse que houve um “desfacelamento” da empresa nos últimos anos, devido ao fracionamento dos serviços, e que outras empresas de transporte se modernizaram enquanto os Correios permaneceram atrasados nesse sentido. Contudo, Adiel acredita que a empresa tem condições de se revitalizar com a estrutura que tem.