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Aprovado, em primeira votação, projeto que proíbe porte de armas nas dependências da Câmara

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 12/04/2022 11h55, última modificação 12/04/2022 15h05
Aprovado, em primeira votação, projeto que proíbe porte de armas nas dependências da Câmara

Foto: Gustavo Mendes

Por 19 votos favoráveis e quatro contrários, o Plenário da Câmara de Goiânia aprovou, em primeira votação, na Sessão Ordinária desta terça-feira (12), o projeto de resolução, de autoria do vereador Ronilson Reis (Brasil 35), que proíbe posse e porte de armas nas dependências da Casa Legislativa. Durante a votação, os debates se concentraram entre o autor da proposta e os vereadores Sargento Novandir (Avante) e Santana Gomes (PRTB).

O projeto será encaminhado para análise da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo vereador Anderson Sales – Bokão (PRTB). Ele anunciou que apresentará emenda ao projeto, alterando o artigo primeiro, para que apenas vereadores eleitos fiquem proibidos em relação à posse e ao uso de armas no Plenário, durante sessões em homenagem a instituições de segurança. O vereador Geverson Abel (Avante) foi indicado como relator da matéria na comissão.

Da Tribuna, Sargento Novandir fez um pronunciamento contra parlamentares favoráveis ao projeto. Adiantou que levará para quartéis e instituições militares e de segurança "esse absurdo aprovado por este Poder. Aliás, se for aprovado, vou apresentar requerimento cancelando todas as homenagens que esta Casa pretende fazer aos militares. Essa proposta é uma maldade contra forças de segurança", comentou. 

Por sua vez, Santana Gomes ocupou a Tribuna usando colete à prova de balas. "Creio que todos os vereadores terão que usar um colete, pois o clima aqui é o pior possível. Garanto ainda que este projeto, sob nenhuma circunstância, é contra forças policiais. Mas, sim, favorável à democracia e à liberdade de ir e vir no nosso Plenário. O Legislativo é soberano", afirmou.

"Estamos apenas resguardando a integridade, não só dos vereadores, como também dos funcionários. Não podemos aceitar vereador portando armas no Plenário para coagir e ameaçar colegas. Isso extrapola o bom senso. Não estamos tomando posição contra militares, mas apenas seguindo Congresso Nacional, Assembleia Legislativa, entre outros Poderes, que proíbem armas em suas dependências", declarou Ronilson Reis.

Votaram contra o projeto os vereadores Sargento Novandir, Cabo Senna (Patriota), Gabriela Rodart (DC) e Thialu Guiotti (Avante).