Plenário dá aval à criação da Casa do Autista em Goiânia
Em segunda votação, a Câmara de Goiânia aprovou, na Sessão Ordinária desta terça-feira (21), projeto de lei que trata da implantação da Casa do Autista na capital. De autoria do vereador Santana Gomes (PRTB), o autógrafo de lei será enviado pelo presidente da Casa, vereador Romário Policarpo (Patriota), ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos), para sanção ou veto.
Segundo o autor da matéria, a Casa do Autista será destinada ao tratamento de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele comemorou a aprovação, afirmando ser uma proposta de "elevado alcance social". Ainda de acordo com o parlamentar, em Goiânia, existem diversas pessoas – especialmente mães com filhos autistas – sem a devida atenção do poder público. "Essa Casa, portanto, é que vai dar apoio a essas pessoas, especialmente crianças e idosos", declarou.
Santana Gomes explicou, ainda, que o TEA pode ser tratado por meio de várias modalidades, como neuropediatria, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, nutrição, serviço social e psicopedagogia. "São essas atividades que permitem o desenvolvimento das habilidades cognitivas, motoras, emocionais, de comunicação e adequação social de um autista", concluiu.
O projeto não define o local onde a Casa do Autista irá funcionar.
Veto
Também na sessão desta terça, por 12 votos favoráveis e quatro contrários, o Plenário manteve veto do prefeito Rogério Cruz à proposta que criava o Projeto Musicalidade de Goiânia, também de iniciativa de Santana Gomes. "Lamentável a manutenção desse veto, por se tratar de um projeto de enorme importância social e cultural, que valoriza grupos musicais de nossa cidade", disse o parlamentar.
O líder do prefeito na Casa, vereador Anselmo Pereira (MDB), afirmou que a matéria foi vetada por gerar despesas com criação de cargos. "Acho que o colega deve discutir com o Paço o envio de um projeto da Prefeitura sobre o assunto", sugeriu.
O Projeto Musicalidade de Goiânia criaria cinco grupos artísticos, entre eles banda marcial (com 46 bolsistas); banda musical (24 instrumentistas); banda sinfônica; banda de percussão; além do núcleo de apoio artístico. Cada músico receberia bolsa no valor de meio salário mínimo. "A intenção era reviver esse movimento pedagógico, musical e marcial, proporcionando às novas gerações o conhecimento dessa cultura, contribuindo para seu fortalecimento e não esquecimento de uma tradição artística. É triste esse veto", finalizou Santana Gomes.