AUDIÊNCIA BUSCA ESCLARECIMENTOS SOBRE DÍVIDA DA PREFEITURA COM INSTITUTO DE SERVIDORES
Em audiência pública realizada na tarde de hoje, dia 9, na Câmara Municipal de Goiânia, o presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia ( IMAS), Fernando Evangelista afirmou que não possui dados precisos sobre a dívida da Prefeitura com o Instituto. E que não sabe para onde “ está indo o dinheiro recolhido das contribuições descontadas dos salários dos servidores municipais”. De acordo com ele, embora não saiba precisar, o valor da dívida da prefeitura com o IMAS é de cerca de 115 ( cento e quinze) milhões de reais.
Comandada pelo vereador Djalma Araújo ( Rede), o evento, realizado na Sala de Reuniões das Comissões, contou com a presença do vereador Elias Vaz(PSB) e de representantes de diversos sindicatos de servidores municipais.
De acordo com Djalma, o repasse das contribuições patronais é de 4% do salário de cada funcionário, além das contribuições consignáveis,que são aquelas cobradas diretamente do contracheque do funcionário. Na oportunidade, o vereador criticou a posição dos vereadores que aprovaram, em janeiro passado, projeto do prefeito Paulo Garcia autorizando a venda de imóveis públicos para pagamento da dívida do IPSM.
Questionado por Djalma Araújo, o presidente do IMAS afirmou que estão sendo efetivados os pagamentos dos médicos, clínicas, hospitais credenciados e prestadores de serviços das faturas referentes a outubro do ano de 2015. E espera que até o final de abril o Instituto possa quitar as dívidas contraídas até dezembro do ano passado.
Presidente da Comissão de Constituição , Justiça e Redação da Câmara Municipal, Elias Vaz afirmou “estar estarrecido com as declarações do presidente do IMAS” e avaliou que a situação é gravíssima.
Representando o SindSaúde, Flaviane Alves Barbosa disse ser “inadmissível que o servidor pague ao IMAS e não possa usufruir do atendimento a que tem direito”. “Estamos falando de vidas”, concluiu ressaltando as ações que os sindicatos têm tomado com o apoio do Ministério Público.
Presidente do Sindicato dos Funcionários do Legislativo Goianiense, José Humberto Mariano sugeriu a criação de uma Comissão Especial de Inquérito(CEI) na Câmara Municipal para investigar a situação real da previdência e assistência social dos servidores municipais. Além da irresponsabilidade pública, a Prefeitura de Goiânia está cometendo o crime de apropriação indébita, afirmou o sindicalista.
Apoiando a sugestão do presidente do Sindflego, o vereador Djalma Araújo informou que irá propor a criação da CEI para investigar todas as ações tanto do IMAS quanto do Instituto de Previdência do Servidor Municipal.
(Jô Almeida)