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Audiência discute atendimento e processo de auditoria no Hospital Araújo Jorge

por Guilherme Machado publicado 22/10/2019 20h20, última modificação 22/10/2019 20h20
Audiência discute atendimento e processo de auditoria no Hospital Araújo Jorge

Foto: Marcelo do Vale

Por iniciativa da vereadora Dra. Cristina (PSDB), foi realizada nesta terça-feira (22) uma audiência pública para discutir uma demanda encaminhada por meio de pacientes do Hospital Araújo Jorge questionando a situação do atendimento por lá.

“Buscamos essencialmente efetividade, soluções, além de um tratamento digno e de qualidade que não cause mais sofrimento para os pacientes”, destaca Dra. Cristina ao abrir o evento. 

Compuseram a mesa Fátima Mrué, Secretaria Municipal de Saúde; Cláudio Cabral, presidente da Associação de Combate ao Câncer do Estado de Goiás (ACCG); Vagner Jerson Garcia, promotor de justiça especializado no direito dos idosos; os vereadores Carlin Café (PPS) e Tiãozinho Porto (Pros). 

Estiveram presentes também representantes do Conselho Municipal de Saúde, da Associação de Combate ao Câncer, diretores técnicos e clínicos do Hospital Araújo Jorge e pacientes. 

Dra. Cristina iniciou citando que foi procurada por meio da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara, a qual preside. Pacientes procuraram auxílio em relação ao tratamento oncológico. “Eles relataram experiências que dificultaram casos de tratamento e internação, além de problemas na Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que tinha um trâmite facilitado e atualmente tem sido dificultado”. A vereadora relatou que alguns pacientes estavam sendo encaminhados para o Hospital das Clínicas e lá não encontravam atendimento suficiente e adequado, sendo transferidos novamente para o Araújo Jorge. Todas denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), sendo Cristina.

No início do ano de 2019, segundo gestores do Hospital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) efetuou mudanças no âmbito das solicitações de guia para cirurgias e outros procedimentos. 

Fátima Mrué apresentou uma auditoria realizada no período de 6 meses e entregue recentemente aos representantes e diretores presentes, onde relata o caso de cerca de mil prontuários analisados que tratam de códigos de representação de determinados procedimentos. “Nos deparamos com algumas solicitações de códigos que não são apropriados para os procedimentos realizados. Essa auditoria teve seu primeiro crivo pelo Ministério da Saúde”, destaca. “Alguns procedimentos estavam em desconformidade com o Ministério da Saúde. Não há impasse, apenas um jeito incorreto de utilizar os códigos aproximados. Buscamos a informações junto ao hospital.” 

Questionamentos

O vereador Carlin Café (PPS) questionou a secretária sobre dados apresentados por ela em relação a atuação do órgão. “Temos o papel de fiscalizar e de apontar esses erros ao órgão responsável, quais medidas estão sendo tomadas pela secretaria?”, questionou.

Fátima respondeu relatando que, quando recebeu a notificação, conversou com o presidente Cláudio Cabral, na fase preliminar do relatório, para buscar solução. Ao ser concluído, foi encaminhado para os órgãos e conselhos responsáveis. “O documento está disponibilizado no site do Ministério da Saúde e segue os trâmites processuais. Caberá nos próximos 15 dias o posicionamento por parte do Hospital”

Roberto Cesar Fernandes e Luana Gomes Alves, diretor técnico e diretora clínica do Hospital Araújo Jorge respectivamente, justificaram que a aproximação dos códigos se dá por uma mudança de entendimento de questões técnicas. “Não existem códigos que contemplem determinados procedimentos, sempre utilizamos o código por analogia ou similaridade para atender a questão”, destaca Roberto Cezar. 

Para Luana Gomes, a implementação das novas mudanças estabelecidas por meio da SMS tem sido o causador do problema. “Os processos de adaptação foram complicados para o hospital e tumultuou o atendimento dos pacientes”, relata. “A auditoria é realmente necessária e vamos responder. Pode ser que haja equívocos sim, pode ser que o entendimento da secretaria tenha mudado. Ela veio para melhorar e corrigir erros, apenas a implementação das novas regras que realmente foram tumultuadas. Precisamos resolver a vida dos pacientes, o câncer é agressivo, o tempo é nosso inimigo.” conclui.  

Pacientes presentes relataram demora em conseguir atendimento e resposta de agendamento de procedimentos por parte do Hospital. 

Texto produzido pela estagiária Ingrid Raquel