Audiência discute corte de gastos na lei de incentivo a cultura
Foi realizada na tarde dessa quarta-feira, 11, no auditório Carlos Eurico, uma audiência pública para discutir a lei de incentivo a cultura. O evento, que foi organizado pelo vereador Anselmo Pereira (PSDB), contou com a presença de diversos representantes da Secretaria Municipal de Cultura, dos Conselhos Municipais e Estaduais de Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, da Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV), bem como a vereadora Leia Klébia (PSC).
A reunião apontou a tentativa de corte de gastos na lei de incentivo a cultura por parte da Prefeitura de Goiânia. O vereador Anselmo Pereira destacou o grito de alerta que a audiência transmite. “O pouco que temos não pode ser retirado, pelo contrário, deveria ser incentivado ainda mais”.
Laila Santoro, presidente do Conselho Municipal de Cultural, revelou grande preocupação com a delicadeza da situação. Para a presidente, existe uma possibilidade de encerramento da Lei de incentivo a cultura. “O assunto saiu na mídia e não foi desmentido, então alguma coisa tem. Fizemos um manifesto da classe com mais de 40 instituições culturais que não concordam com essa situação e iremos apresentar ao prefeito”.
O representante da Associação Goiana de Artes Visuais, Bento Cassiano, afirmou o caráter de urgência da discussão. “Nós não podemos esperar a coisa acontecer, não podemos abrir mão em hipótese alguma da extinção ou diminuição desse benefício que é garantido por lei e direito nosso”. Bento também assinalou o quanto a cultura sofre no Estado de Goiás. “É a classe mais penalizada em nosso Município”.
Flávia Maria Cruvinel, representando o reitor da UFG Edward Madureira, incentivou o planejamento de novas estratégias para reverter o atual cenário. “Precisamos pensar e agir. Quem milita na cultura há algumas décadas percebe a dificuldade de sair do lugar. Vamos dar funcionalidade, rotina, fazer com que seja executada a lei”.
Já Maria da Luz Santos, representante da Secretaria Municipal de Educação, ressaltou a criação de vários projetos pelo órgão bem como a necessidade de união. “Diminuir a oferta é diminuir o acesso das crianças aos bens culturais. A nossa luta só é possível a partir do momento que unimos a nossa força em prol do mesmo objetivo” . (Por Gabriel Hamon - estagiário vinculado à PUC-GO)