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Audiência discute enfrentamento da pandemia e falta de vacinas contra a covid-19 em Goiânia

por Quezia de Alcântara publicado 30/04/2021 12h05, última modificação 30/04/2021 15h32

Sob coordenação do vereador Mauro Rubem (PT) foi realizada hoje, 30, audiência pública para discutir o enfrentamento da pandemia pela Covid-19 em Goiânia.

Além do parlamentar goianiense, estiveram presentes o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC); do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto (PT); da vice-presidente do Sindsaúde Goiás, Luzinéia Vieira; do presidente em exercício da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Ademildo Godoi; do Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge-Go), Gerson Tertuliano e da Diretora de Vigilância Epidemiológica, Grécia Carolina Pessoni. 

Os pontos principais levantados pelos participantes foram:

- A pandemia continua com alto índice de contaminação e não pode ser naturalizada porque as mortes caíram de 3 mil para 2 mil. São mais de 400 mil vidas de brasileiros que foram perdidas.

- Os impactos da pandemia não são iguais para todos os grupos sociais, além do aumento do desemprego no país e da precariedade dos novos contratos de trabalho.

- O direito da vacina é o direito à saúde, garantido na Constituição Federal e por isso é preciso garantir o acesso universal e equânime ao imunizante.

- É preciso aprovação do projeto no Congresso Nacional de quebra de patentes das vacinas para que haja aceleração da produção, redução dos preços e toda a população do país seja vacinada.

- Incluir a vacina no Plano Nacional de Imunicação(PNI) para ser oferecida gratuitamente pelo SUS anualmente

- Pedir a intervenção do Ministério Público de Goiás para que os trabalhadores da saúde que não estão ligados a alguma instituição, como fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos, entre outros que fazem atendimento domiciliar possam ser priorizados na vacinação tais como os demais servidores da saúde que estão ligados à alguma organização foram.

- Buscar soluções para que trabalhadores das faixas etárias de 40,50 anos possam ser imunizados, já que continuam a trabalhar e muitos não têm como fazer teletrabalho.

- Garantir meios de sobrevivência para os CNPJ’s que estão tendo que fechar as portas pois com as restrições à algumas atividades não estão podendo continuar com seus negócios, comércios e prestações de serviços na capital.

- Garantir que auxílios emergenciais sejam destinados aos vulneráveis, bem como realização e campanhas de cestas básicas para atender os que passam por dificuldades econômicas.

O deputado Pedro Uczai convidou aos integrantes da live para aderirem à criação de uma associação para vítimas do Covid-19 que será lançada nesta sexta-feira,30.

Fernando Pigatto informou aos demais que o CNS emitiu nota técnica em que demonstra que os problemas atuais do país com relação à falta de vacinas estão no fato de o Governo Federal ter em vários momentos uma postura ideológica. Ele lembrou que em meados de 2020, a Pfizer ofereceu ao país 70 milhões de doses da vacina, mas não obteve resposta afirmativa para a compra. Também o Butantã propôs a venda de 160 milhões, mas teve a recusa por parte do presidente Bolsonaro. “Hoje teríamos a população vacinada, mas o que temos é essa escassez que não dará pra vacinar sequer os grupos prioritários”, desabafou.