Você está aqui: Página Inicial / Sala de Imprensa / Notícias / Audiência pública debate crise na Saúde em Goiânia

Audiência pública debate crise na Saúde em Goiânia

por Edição de notícias publicado 10/12/2024 16h50, última modificação 10/12/2024 17h25
Crise começou no mês passado, quando quatro pessoas morreram em uma semana devido à falta de vagas em UTI

Audiência pública realizada pela presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereadora Kátia (PT), nesta terça-feira (10), debateu a crise na saúde em Goiânia. A regulação no município foi um dos principais pontos debatidos. Enquanto ocorria a audiência, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) nomeou o médico Márcio de Paula como interventor na Saúde na capital, atendendo à sugestão do prefeito eleito, Sandro Mabel (União Brasil).

A crise tornou-se aguda quando usuários morreram por falta de vagas em UTI. A situação se intensificou após a prisão do então secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, no dia 27 de novembro, acusado de associação criminosa.

De acordo com a superintendente de Regulação da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, Lorena Nunes, o gabinete de crise montado pelas secretarias monitora a situação das unidades de saúde, com seu quantitativo de pacientes e de leitos ocupados. O grupo foi criado para gerenciar a crise e já está conseguindo resultados. Um novo sistema de regulação permitirá integração entre os sistemas e organizará os pacientes em fila única.

Diogo Bruno, representante da Gerência da Central de Regulação da Secretaria de Saúde de Goiânia, disse que nenhum paciente aguarda leito de UTI, na capital, há mais de 48 horas. Entre abril e maio, segundo ele, eram 40 pacientes na fila de espera. De acordo com a vereadora Kátia, “foi preciso morrer quatro pessoas (em uma semana) para depois fazer um arranjo entre a regulação do Estado e do Município para, em menos de dez dias, encaminhar todos os pacientes para os leitos”. A vereadora também afirma que esteve nessa segunda-feira (9) no Cais de Campinas. Segundo ela, “não mudou nada de maio para cá”.

Membro da equipe de transição de Sandro Mabel, Luis Gaspar destacou a falta de políticas preventivas como um dos grandes problemas na área da saúde. Segundo ele, a futura gestão deverá investir em vacinação, em campanhas sobre dirigir alcoolizado e sobre uso de drogas, além de outras políticas preventivas. “Atenção básica é o grande foco para o próximo biênio”, afirmou.

Entre os presentes à audiência pública, estavam representantes da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás; da equipe de transição do prefeito eleito; da Gerência da Central de Regulação; do Conselho Municipal de Saúde; de trabalhadores da área; da Maternidade Nascer Cidadão; da Maternidade Célia Câmara; do Hospital Araújo Jorge; do Sindicado dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsep-GO); da Associação dos Hospitais; da Maternidade Dona Iris; da Santa Casa de Misericórdia; da Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego); da deputada federal Delegada Adriana Accorsi; do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (SindSaúde/GO), entre outras entidades.