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Audiência Pública discute acervo arquitetônico da Capital e Art Déco

por Patrícia Drummond publicado 02/09/2019 17h18, última modificação 02/09/2019 17h18
Audiência Pública discute acervo arquitetônico da Capital e Art Déco

Foto: Marcelo do Vale

Audiência Pública presidida pela vereadora Priscilla Tejota (PSD) trouxe para debate, na Câmara de Goiânia, o Patrimônio Histórico da Capital e a arquitetura em Art Déco. O evento foi realizado na tarde de sexta-feira (30).

Participaram da mesa: Gutto Lemes, produtor cultural e coordenador do Festival Art Déco; Wilson Manzan, presidente da Associação Comercial e Industrial do Centro de Goiânia e Adjacências (ACIC); Antônio de Sousa, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) - representando o deputado Sandro Mabel; Antônio Pádua, representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA); Azor Henrique, superintendente Patrimonial Histórico e Artístico, representando o secretário estadual de Cultura; Caroline Schuermans, assessora de Comunicação da Fundação Borghossiam, em Bruxelas (Bélgica), e Adriana Piastrelline, de Buenos Aires, ambas palestrantes da 2° edição do Festival Art Déco em Goiânia.

“Estamos aqui pensando a cidade como um todo e a modernidade da gestão é buscarmos soluções. Amamos nossa cidade e nosso patrimônio cultural. Nós temos o patrimônio, aqui, muitas vezes escondido; não conhecemos o valor da nossa cidade, do acervo arquitetônico que ela tem”, disse Priscilla Tejota ao dar início à Audiência Pública.

Estiveram presentes, também, Luana Araújo, representante da Prefeitura de Goiânia; os presidentes da Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV), da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa, e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU), além de professores da área de Arquitetura e Urbanismo.

Gutto Lemes, em sua fala, destacou que Goiânia é um cartão de visita que requer educação patrimonial. “As pessoas não visualizam o potencial da cidade. Valorizar Goiânia e suas construções é fomentar a educação, o turismo e a economia da Capital”, considerou.

“Goiânia, assim como outras cidades, tem um patrimônio oculto que deve sair à luz. É algo inédito para o mundo. Caso visto, atrairá o turismo, se tornando uma indústria cultural”, argumentou Adriana Piastrelline.

Na ocasião, foi frequentemente abordado pontos voltados para a valorização da arquitetura, da cultura, a mobilização social em prol da preservação dos pontos turísticos e construções em Art Déco, além da criação de projetos os quais visem a valorização e transformação de prédios, a fim de fomentar o turismo em Goiânia.

A vereadora Priscilla Tejota expôs, ainda, a importância da instauração e atuação de ações voltadas para a educação patrimonial, por parte da Guarda Civil Municipal (GCM).

 

Art Déco na Capital


A audiência contou com a parceria do Festival Goiânia Art Déco, que ocorreu entre os dias 27 de agosto e 1° de setembro.

O evento, realizado na Capital em sua 2° edição, tem por objetivo celebrar o patrimônio edificado por meio de palestras, mesas de debate, feiras de arte e fotografia, dentre outras atividades que incentivam a educação patrimonial e a importância do acervo histórico.

Atualmente, Goiânia conta com um acervo de 22 prédios tombados em arquitetura Art Déco pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). As principais características da arquitetura Art Déco são as geometrias, estampas e sofisticação, privilegiando a aerodinâmica, inspiradas por diversas culturas antigas. Atílio Corrêa Lima foi o urbanista brasileiro responsável pelos projetos urbanísticos durante a construção da Capital.

 

(Texto produzido pela estagiária Ingrid Raquel - Convênio PUC/GO)