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Audiência pública discute política para cultura no município

por Guilherme Machado publicado 06/10/2021 21h25, última modificação 06/10/2021 21h26
Audiência pública discute política para cultura no município

Foto: Marcelo do Vale

Sob o comando de Mauro Rubem (PT), os vereadores Aava Santiago (PSDB) e Marlon Teixeira (Cidadania) participaram de uma audiência pública no plenário da Câmara na tarde desta quarta (6) para discutir a política cultural em Goiânia. Mauro explicou que o objetivo do encontro foi “dar vez e voz para os coletivos e ativistas de cultura mostrarem ao poder público, seja o Legislativo ou o Executivo, as proposições para fazer que Goiânia de fato priorize a cultura”. 

A audiência contou com a participação remota do ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, que elogiou a ação da Câmara Municipal de Goiânia para o desenvolvimento da cultura dizendo que esta foi beneficiada nas muitas cidades do Brasil em que o mesmo foi feito. “Nas cidades onde as Câmaras estão contribuído para o desenvolvimento cultural, isso tem significado uma grande mudança nesse processo. Essa contribuição da Câmara pode ser assumindo a importância de discutir, como agora, ou produzindo uma legislação local que estimule o desenvolvimento cultural da cidade ou promovendo eventos que tenham repercussão cultural.” 

Nascida e criada na favela do Sapo, no Rio de Janeiro, a vereadora Aava Santiago afirmou que a cultura tem papel muito importante nos espaços vulneráveis e marginalizados. “Nesses locais, o acesso à cultura atua como ferramenta emancipadora para que as pessoas tenham a capacidade de acessar experiências próprias que não são naturais, mas que na maioria das vezes são naturalizadas para justificar a barbárie, a desigualdade e as injustiças. A cultura é o caminho mais poderoso e, por isso, é o mais atacado porque quanto mais ela está ao alcance das pessoas, mais elementos elas têm para entender que determinadas barbáries não são naturais.” 

Ao longo da audiência, artistas fizeram apresentações culturais e falaram em nome dos campos culturais que representam cobrando melhor acesso ao fomento municipal à cultura e maior diálogo com a Secretaria Municipal de Cultura. A atriz Ana Cristina Evangelista, da Frente Ampla de Defesa da Cultura, sugeriu mudanças na legislação que, segundo ela, “desvirtua a ação de certas instituições”. Entre as mudanças, ela pediu a revogação do decreto que instituiu a Comissão de Projetos Culturais (CPC). “Precisamos de pareceristas técnicos que conheçam as áreas artísticas, que saibam como julgar o mérito das propostas que chegam na secretaria. Não podemos ficar à mercê de uma comissão formada por indicação política.” 

O secretário municipal de Cultura, Zander Fábio, que ocupa pela primeira vez a pasta, participou virtualmente e afirmou que está sempre aberto para ouvir e aprender todo dia sobre cultura. “Estamos tentando fazer uma gestão muito democrática, dando acesso às pessoas em três polos de atendimento e as ouvindo em audiências diárias”, disse. Ele anunciou a realização, em breve, de uma conferência de dois dias de duração com a participação da sociedade civil e das classes que militam em prol da cultura e da Câmara Municipal para discutir e definir o Plano Municipal de Cultura, que em seguida será encaminhado para ser votado na Câmara.