Audiência Pública vai debater aumento nos preços dos combustíveis
Os constantes aumentos nos preços dos combustíveis (álcool e gasolina) em Goiânia foram amplamente discutidos na sessão de hoje (9) da Câmara. Vários vereadores acusaram os donos de postos como "mafiosos, que só pensam no lucro", bem como defenderam a união da Casa com Procon, Ministério Público e Delegacia do Consumidor para combater "esses abusos", como lembrou o peemedebista Clécio Alves.
Para discutir o assunto, numa iniciativa do vereador delegado Eduardo Prado, PV, na próxima segunda-feira, 13, às 14h30, no auditório Carlos Eurico. Para tanto, Eduardo Prado convidou as seguintes entidades: Sindiposto, Ministério Público Estadual, Procon e Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon). "Vamos mobilizar as pessoas para virem debater conosco esse tema, já que tais aumentos nos preços dos combustíveis virou caso de polícia, já que esse cartel é poderoso".
Clécio Alves lembrou que os constantes reajustes transformaram Goiânia na cidade que vende combustíveis mais caros do País. "Trata-se de um grupo poderoso, que pratica alinhamento de preços na capital. Se o motorista for abastecer em Aparecida, por exemplo, o preço cai até 80 centavos". Lucas Kitão, PSL, por sua vez, defendeu a união do MP, Câmara, Procon como "o primeiro passo para reverter essa situação".
AVANÇOS
Eduardo Prado elogiou iniciativa da Assembleia Legislativa pela aprovação do projeto de lei (primeira votação) que obriga os postos revendedores informar ao Ministério Público o valor cobrado pelo litro do combustível (gasolina, etanol e diesel). Pelo projeto, explicou ele, com as informações o MP poderá noticiar o Procon sobre o descumprimento legal. "Esse projeto é um avanço. Uma arma a mais na luta contra esse cartel. Ademais, será criado um aplicativo para que o consumidor ser informado sobre o preço do combustível em cada posto da cidade", adiantou.
O vereador do PV disse também que a Câmara vai receber as reclamações dos consumidores e tomar as devidas providências. E recomendou: "O consumidor tem que boicotar os postos que vendem combustíveis a preços exorbitantes. Não há justificativa para tanto abuso, já que menos de 20 quilômetros de Goiânia o preço é bem menor. Tudo isso se resume numa palavra: cartelização. Isso só vai acabar com a prisão de alguns donos de postos", concluiu.