Base do prefeito espera levar reforma da previdência para discussão em plenário
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Goiânia, Tiãozinho Porto (PROS), afirmou, nesta terça-feira (28), que aguarda o parecer do relator Welington Peixoto (MDB) sobre o projeto da reforma da previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para tentar convencer os demais membros a não arquivá-lo. Segundo Tiãozinho, a ideia é levar a discussão ao plenário, abrindo possibilidade de inclusão de novas emendas. De acordo com ele, nem o aumento das alíquotas dos servidores é um caso fechado. “Já conseguimos a aprovação de 18 das 32 emendas e discutimos amplamente com os sindicatos. Só queremos que o projeto não seja novamente arquivado e possa ser debatido no plenário”, explica Tiãozinho.
O presidente do Instituto de Previdência Social do Município de Goiânia (IPSM), Sílvio Fernandes, esteve na Câmara no último dia 14 para explicar a necessidade de aprovação do projeto da reforma previdenciária. O projeto enviado ao Legislativo prevê o pagamento do déficit previdenciário a partir da cessão de áreas públicas em regiões nobres da capital e de valores recebidos da dívida ativa, além do aumento escalonado da alíquota paga pelos servidores, e será supervisionado pelo Ministério Público, Tribunal de Contas e Secretaria Nacional da Previdência. De acordo com Sílvio Fernandes, a aprovação da matéria vai equilibrar os fundos e a situação fiscal do município, possibilitando maior investimento na cidade e no funcionalismo público.
O coordenador geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves, ocupou a tribuna da Câmara há menos de duas semanas e afirmou que a Prefeitura tem feito chantagem com os funcionários públicos, alegando que nenhuma reivindicação será atendida sem a aprovação do projeto. Antônio disse que o Simsed é contra a reforma, mesmo com as emendas incorporadas ao texto. “Nós defendemos o arquivamento o projeto. As emendas só vão torná-lo menos ruim, mas ele tem vícios de origem, só serve para atender aos interesses da Prefeitura.” Para ele, o Executivo erra quando repassa ao servidor as consequências da incompetência administrativa da Prefeitura. (Foto: Alberto Maia)