Cai pedido de afastamento de Anselmo do Conselho de Ética
Por esmagadora maioria, o plenário da Câmara rejeitou na sessão de hoje (22) o pedido do vereador Alysson Lima (PRB) para que fosse afastado do cargo de presidente do Conselho de Ética da Casa o vereador Anselmo Pereira (PSDB). O placar final foi de 23 votos contra o requerimento e duas abstenções. O único voto pelo afastamento foi do autor do requerimento. Com isso, o tucano permanece na presidência do Conselho.
O requerimento foi apresentado a dez dias e Alysson Lima pediu ao presidente da Casa, Andrey Azeredo (PMDB) para que a matéria fosse votada. Aprovada inclusão do requerimento na pauta do dia, o assunto foi debatido pelos vereadores. Com a maioria contrária ao pedido, por entender que Anselmo não foi condenando pela Justiça em decorrência de um pedido no Ministério Público que pede seu afastamento do cargo de vereador, bem como o bloqueio de seus bens, no valor de R$ 2 milhões.
"Eu apresentei um requerimento que visa preservar nosso Conselho de Ética. Não existe nada de pessoal, caça às bruxas ou perseguição contra o vereador Anselmo. Não quero expor a imagem de ninguém. Estou apenas assumindo uma atitude em respeito a este Poder e aqueles que nos elegeram", diz Alysson. O vereador afirma que seu pedido se baseou na ação que a promotora Leila Maria de Oliveira encaminhou à Justiça propondo sua cassação e bloqueio de bens. E garantiu não ter feito nenhum tipo de articulação entre os colegas para votar favorável ao requerimento.
E concluiu:"Se o plenário acha que ele deve continuar no Conselho de Ética não faço restrição. Respeito a decisão da maioria, mas acredito que a Casa está tomando uma decisão igualmente errada. Não é isso que o povo espera de um legislador. O Conselho é o nosso principal instrumento de defesa da ética. Inclusive, o vereador Anselmo poderia pedir o afastamento da presidência do Conselho até a conclusão do processo na Justiça".
RESPOSTA
Da tribuna da Câmara, o vereador Anselmo Pereira disse que não iria discutir o assunto. "Sou advogado e legislador. Respeito a posição do colega Alysson, mas quero que respeitem minha história neste Poder. Aliás, qual legislador que não tenha sido um dia questionado em seus atos? Mas quero agradecer os votos dos vereadores. E dizer que não fomos justiceiros. O momento exige prudência"..