Câmara aprova moção de repúdio e protesto contra declarações de Bolsonaro
Numa iniciativa da vereadora Cristina Lopes, PSDB, a Câmara aprovou hoje (19) uma moção de repúdio e protesto contra as declarações do presidente Bolsonaro contra a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello, na manhã do dia 18, em frente ao Palácio do Planalto. A moção foi assinado por 25 vereadores e, condena, de "modo veemente", "as ofensas de caráter sexistas, machistas e violentas que incentivam um comportamento social que sacrifica diariamente dezenas de mulheres pelo Brasil".
O documento afirma, igualmente, que "a fala dirigida a repórter Patrícia Campos Mello, não somente a ataca de maneira individual, mas a todas as mulheres brasileiras, que lutam por uma sociedade livre de violência contra a sua honra, liberdade e corpo".
CRÍTICAS
Vários vereadores ocuparam a tribuna da Câmara para falar sobre o assunto, com pesadas críticas e restrições ao comportamento do presidente da República. Andrey Azeredo, MDB, por exemplo, falou: "Sou filho de uma jornalista. É inadmissível esse abuso, esse absurdo contra uma profissional da imprensa. Esta Casa tem que se posicionar contra essa misoginia, esse ataque covarde que se faz às mulheres. Merece todo nosso repúdio".
"Esse imbecil, cretino, quadrilheiro e chefe de milícia extrapolou tudo aquilo que se chama bom senso, respeito às mulheres. Trata-se de um perfil de gente sem qualificação alguma para o cargo", afirmou o vereador Anselmo Pereira, PSDB. Por sua vez, a também tucana Cristina Lopes enfatizou que "Bolsonaro envergonha o País. Não tem educação, não respeita o cargo que ocupa, bem como ofender as mulheres, gays, lésbicas, numa atitude cruel e ignorante. É preciso que a sociedade repudie essa e outras manifestações dele".
Paulo Magalhães, PSD, também foi duro em suas críticas ao presidente Bolsonaro: "Esse sujeito ofender não só uma jornalista mas a todas as mulheres. Ele deu banana para os profissionais de imprensa. Seu comportamento é rasteiro e imoral. O povo errou ao votar nele para presidente da República. Acho que a sociedade brasileira não pode mais tolerar esses absurdos".
"Lamentável, vergonhoso e desnecessário essa postura de um presidente da República. Uma declaração infeliz e que merece todo nosso repúdio porque humilha as mulheres", afirmou Priscilla Tejota, PSD.