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Câmara debate funcionamento de farmácias populares em Goiânia

por Michelle Lemes publicado 02/06/2016 17h45, última modificação 02/06/2016 17h43

Foi realizada audiência pública hoje (2) para discutir sobre o funcionamento das farmácias populares em Goiânia. A audiência foi proposta pelos vereadores, que também são proprietários de drogarias na capital, Anselmo Pereira (PSDB) e Paulo da Farmácia (Pros).

De acordo com a fiscal da Vigilância Sanitária Municipal, Luciana Calil, a instituição tem realizado um trabalho de fiscalização em conjunto com a Delegacia de Defesa do Consumidor. Ela garante que não são casos esporádicos, ao todo já foram 13 estabelecimentos pegos por realizarem ações fraudulentas. “É assustador e ainda temos uma lista de denúncias”, garantiu.Para a presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO), Ernistina Rocha, esses fatos recentemente divulgados pela imprensa local não são novos. Ela assegurou que o Conselho sempre reforça com os associados sobre a importância da ética no trabalho do farmacêutico. “O Conselho está sempre pronto para apoiar o farmacêutico e o proprietário”, afirmou.

Nara Luiza de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Farmácias e Farmacêuticos Comunitários, ressaltou que o sistema do programa Farmácia Popular é todo informatizado, mas foi feito com brechas que permitem a fraude. “Para mim, há falta de vontade do governo federal”, garantiu. Ela ainda ressaltou que na Grande Goiânia são mais de mil farmácias e ainda existe o acesso do consumidor ao medicamento sem receitas ou com receitas falsificadas.Durante a audiência, o presidente da Associação dos Distribuidores de Medicamentos do estado de Goiás, Nelson Urzêda, ressaltou que é preciso formalizar ainda mais o segmento e garantiu que, em relação aos medicamentos controlados, as distribuidoras só faturam para farmácias com alvarás e dentro da lei.

Marsal Henrique, presidente do Sindifargo, citou Goiânia como exemplo para o Brasil no segmento farmacêutico e sugeriu que as farmácias que faturam com o programa Farmácia Popular, do governo federal, sejam obrigadas a apresentarem balanços. E aconselhou ainda que seja realizada uma campanha de esclarecimento da população que usa o programa para evitar a existência de fraudes, além da criação de um sistema eletrônico em relação aos números apresentados no momento da compra e a formação de um comitê com os vereadores e os representantes do segmento para buscar ações que visam coibir fraudes.

Vereador Anselmo Pereira disse que irá criar um projeto de Lei, em conjunto com o Paulo da Farmácia, que trate deste assunto e um levantamento junto ao delegado da Decon sobre as investigações realizadas, além da campanha de conscientização do usuário e do comitê.