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Campanha Janeiro Branco é apresentada durante mesa redonda sobre saúde mental

por Guilherme Machado publicado 29/01/2019 13h45, última modificação 29/01/2019 16h07
Campanha Janeiro Branco é apresentada durante mesa redonda sobre saúde mental

Foto: Marcelo do Vale

Sabrina Garcês (PTB) promoveu na manhã desta terça uma mesa redonda para discutir a saúde mental e apresentar a campanha nacional Janeiro Branco. Com o lema “quem cuida da mente, cuida da vida”, tem o objetivo de promover a busca do bem-estar mental pelas pessoas por meio de discussões e ações junto à sociedade.

O encontro foi promovido em parceria com a Associação de Mulheres e Negócios Profissionais - BPW e contou com a participação da presidente da organização, Mara Suassuna, além de profissionais da área, como psicólogos e psiquiatras.

Para a vereadora Sabrina, é preciso ampliar o debate sobre as questões relacionadas à saúde mental, como as doenças, propriamente ditas, e os problemas no atendimento à população. “É importante saber que, hoje, a depressão é a doença mais incapacitante do mundo. Mesmo com essa dimensão preocupante, os profissionais de saúde da área enfrentam a falta de apoio do poder público. Faltam materiais para trabalhar, mas sobra boa vontade na tentativa de dar um atendimento digno”, disse ela.

Ludmila Venturoli é psicóloga e coordenadora do Janeiro Branco em Goiás. Em 2017, se engajou na campanha após ver seu surgimento pelo Facebook no ano anterior, em Uberlândia (MG), e de se identificar com a abordagem mais abrangente sobre saúde da mente. “O ser humano é um ser bio-psico-sócio-espiritual e sua saúde mental depende profundamente do respeito a todas essas dimensões”, explicou.

“Hoje, sabe-se como é importante cuidarmos da nossa saúde física, com boa alimentação, hidratação e exercícios físicos. Apesar de nem todo mundo ainda aplicar esse conhecimento, isso já se tornou senso comum. Por isso, precisamos falar e repetir até que seja óbvio para as pessoas que tratar da nossa saúde mental e emocional também é importante. Um ser humano só é plenamente saudável quando todas essas áreas estão bem cuidadas”, acrescentou a psicóloga.

O diretor técnico do Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), Tiago Batista, concordou que falar de saúde mental vai muito além das doenças, pois ela envolve também as questões emocionais. Ele destacou que, no mundo, mais de 700 milhões de pessoas têm algum transtorno mental. Já no Brasil, estima-se que sejam 50 milhões. “Ninguém pode-se dizer imune ao adoecimento mental”, disse ele.

Tiago apresentou alguns dados sobre o suicídio no Brasil, que já é a terceira causa de morte entre adolescentes e jovens, ficando atrás dos acidentes e da violência. Cerca de 97% dos suicídios consumados estão associados a algum transtorno mental. Entre eles, está, em primeiro lugar, a depressão, em segundo, os transtornos de humor e, em terceiro, o uso de drogas. “São situações possíveis de evitar se for feita a devida prevenção e oferecimento de tratamento a tempo.”