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Carta Compromisso pelo Enfrentamento às Violências contra Mulheres e Meninas é assinada, na Câmara, por representantes de diferentes comunidades religiosas

por Patrícia Drummond publicado 23/01/2024 11h17, última modificação 23/01/2024 11h17
Iniciativa foi da vereadora Aava Santiago (PSDB) e tem como objetivo criar rede de apoio e protocolo de atendimento às vítimas

Budistas, evangélicos, islâmicos, católicos, xamanistas, bruxos, anglicanos e adventistas – entre representantes de outros credos – assinaram, nesta segunda-feira (22), uma Carta Compromisso pelo Enfrentamento às Violências contra Mulheres e Meninas em seus templos, igrejas, casas de oração e comunidades religiosas. Também assinaram o documento representantes da Defensoria Pública e da Comissão Especial de Liberdade Religiosa da OAB Goiás. 

A iniciativa foi proposta pela vereadora Aava Santiago (PSDB), que lançou, na oportunidade, a ação ‘Força-tarefa inter-religiosa pelo Enfrentamento às Violências contra Mulheres e Meninas’. O encontro – realizado na Sala de Reuniões da Presidência da Câmara – ocorreu um dia após a celebração de dois anos da promulgação da Lei Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, também de autoria da parlamentar. 

Em seu pronunciamento, ao abrir a reunião, Aava Santiago destacou a importância de propor discussão sobre o silenciamento de líderes e comunidades acerca do tema e chamá-los à responsabilidade. Segundo ela, a situação se agrava quando a vítima de violência não encontra rede de apoio entre a família e a comunidade religiosa a qual pertence. 

Rede de apoio e protocolo de atendimento

“Vocês são a autoridade máxima para essas mulheres e crianças; são as pessoas em quem mais elas confiam e em quem precisam encontrar suporte”, afirmou a vereadora, lembrando que as comunidades religiosas e o poder público precisam se unir em uma rede de apoio e acolhimento às vítimas de violência. 

“Nosso objetivo é exatamente esse: que vocês se comprometam com o enfrentamento às violências contra mulheres e meninas nas suas respectivas comunidades, e que possamos, todos juntos, ouvi-las, denunciar seus agressores e acolhê-las da melhor forma possível, para encerrar o ciclo da violência”, acrescentou Aava. 

A partir da assinatura do documento, os líderes e representantes religiosos serão procurados, individualmente, pela Ouvidoria da Mulher da Câmara para mais esclarecimentos e sugestões. Outras denominações e comunidades religiosas que não estiveram presentes ao encontro também serão convidadas a assinar a Carta Compromisso. “Nossa ideia é criar um protocolo de atendimento às vítimas de violência dentro das comunidades religiosas, para que todos saibam que providências tomar ao acolher essas mulheres e meninas”, concluiu a parlamentar.