CEI da Enel inicia trabalhos na Câmara
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Enel, presidida pelo vereador Mauro Rubem (PT), teve sua primeira reunião na manhã desta quinta-feira, 20, na Câmara Municipal de Goiânia, quando os vereadores membros decidiram os primeiros passos da investigação. Geverson Abel (Avante) sugeriu que seja solicitado à Enel o plano de investimento da empresa para os próximos cinco anos na capital. O relator Ronilson Reis (Podemos) destacou a necessidade de uma linha direta com a comunidade, possibilitando o envio de denúncias a respeito da Enel. Os parlamentares também resolveram incluir as reclamações contra a empresa feitas ao Procon, que constam em relatório preliminar apresentado pela vereadora Leia Klébia (PSC). As reuniões de trabalho da comissão serão realizadas às terças-feiras, às 8 horas, na Câmara, mas, em caso de depoimentos, eles ocorrerão às terças, às 14 horas, para não conflitar com as sessões ordinárias da Casa.
Segundo Mauro Rubem, a CEI visa dimensionar os reais danos que os goianienses têm sofrido com o serviço prestado pela empresa italiana. “Ao que tudo indica, os valores pagos aqui são semelhantes aos da Europa, mesmo com uma diferença de mais de mil euros entre o salário mínimo italiano e o brasileiro. Queremos checar se o serviço prestado também é da mesma qualidade”, afirma. De acordo com o vereador, que foi o propositor da CEI, já foram recolhidos muitos documentos para avaliar a situação. Mauro Rubem destaca que a investigação ainda envolverá diálogos com o Tribunal de Contas do Município (TCM), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Agência de Regulação de Goiânia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sindicatos e empresas terceirizadas que trabalham com a Enel.
Dos 35 vereadores da Câmara de Goiânia, 27 assinaram pedido de abertura da CEI, que tem como objetivo principal averiguar a qualidade do serviço prestado em Goiás pela estatal italiana, a relação trabalhista e a responsabilidade da empresa com seus servidores (há denúncias de diferentes formas de assédio moral no trabalho), o reajuste tarifário e os investimentos efetivamente realizados pela companhia.