CEI da Enel ouve representante dos trabalhadores no serviço de energia
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), João Maria de Oliveira foi ouvido na tarde de hoje,13, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades no serviço prestado pela Enel.
Ele afirmou que desde 2017 quando a Celg foi privatizada, os problemas que havia não foram solucionados, pois a empresa que assumiu os serviços, a Enel, é uma empresa do setor privado que visa o lucro.
João Maria contou que, desde a privatização, foram demitidos dezenas de profissionais efetivos, com know-how, experiência e conhecimento do sistema elétrico goiano, que foram substituídos por servidores de empresas terceirizadas. Com isso, há uma rotatividade grande com profissionais que, sem conseguirem atender as demandas, não substituídos por outros, igualmente destreinados.
Segundo o sindicalista, os profissionais que ficaram, cerca de 400, foram submetidos a uma carga excessiva e a um ritmo de trabalho intenso, além de um sistema de avaliação que tem por objetivo rebaixar o urbanitário por não alcançar as metas, e a Enel assim, justificar a demissão dos profissionais.
“A substituição dos profissionais especializados por outros menos capacitados inside diretamente na prestação do serviço para a população”, emenda João Maria.
Para ele, a solução “seria re-estatizar e o serviço elétrico passar a ser serviço primário, mas como isso não vai acontecer, é preciso valorizar esse serviço, pois é muito perigoso para os profissionais que estão expostos”.
O presidente da CEI da Enel, Mauro Rubem (PT) encerrou os trabalhos do semestre no colegiado, avisando que após o recesso regimental de 15 dias, a comissão formatará novo calendário para dar sequencia à investigação.