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CEI da Saúde chama secretário do Estado e gestores para deporem

por Quezia de Alcântara publicado 10/05/2018 10h40, última modificação 10/05/2018 16h33

 Em reunião extraordinária nesta quinta-feira,10, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades na saúde municipal, decidiu chamar o Secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela, para depor na próxima segunda-feira, 14. Ele não recebeu os vereadores da comissão na quarta-feira, 9, para reunião agendada na sede daquela pasta e agora terá oportunidade de expor as razões para desmarcar a reunião, além de responder outros questionamentos. 

A CEI aprovou uma série de requerimentos endereçados á Vilela, de iniciativa do vereador Paulo Daher (DEM), solicitando informações sobre: Volume de atendimento e Custeiro do Hospital Materno Infantil (HMI) de 2010 a 2017; Folha Salarial das O.S. que prestam serviço para o Governo de Goiás; Quais são e onde ficam os 16 Complexos reguladores regionais aos quais o secretário se referiu recentemente, pois segundo Daher só existe o de Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde; Cópia do Protocolo de Cooperação entre os entes públicos (Federal/Ministério da Saúde; Estado/SES; Município/SMS).

Os parlamentares Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (PRP), membros da A CEI, pretendem saber tanto do secretário estadual como dos gestores dos hospitais a serem ouvidos,  sobre o contrato firmado com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) em 2012 para gestão do Hospital Materno Infantil, no valor anual de R$51.168 milhões.

Eles receberam denúncia de que 28 leitos de UTI são pagos pelo Estado a OS, mas nem todos são disponibilizados à população. O prejuízo estimado, de 2014 até agora, passa de R$52 milhões.  “O que observamos é que houve evolução de mais de 100% no valor do contrato, mas a oferta de leitos não acompanhou essa lógica. O contrato inicial era para 28 leitos de UTI e atualmente deveria haver 53, mas só existem 25”, destacaram.

No HGG, segundo a comissão, ocorre o mesmo problema que o identificado nos hospitais estaduais administrados pelas organizações sociais nos quais aparecem com altos porcentuais de desocupação ou leitos ociosos, em relatórios da Secretaria Municipal de Saúde, realizado com base no número de leitos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

AMANHÃ

Sobre este e outras denúncias a comissão vai ouvir amanhã, 11, a diretora geral do HMI, Fabiana Gomes Negri Ledram Mendes e o gestor que administra o HGG, José Cláudio Romero. A oitiva ocorre às 8h30 na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Goiânia.

CEI da Saúde foi foi criada pela portaria nº 1.769 de  10 de Outubro de 2017, inicialmente, por um prazo de 90 dias mas foi prorrogada em 20/12/2017 por mais 90 dias, devendo ser encerrada dia 21 deste mês. É presidida pelo vereador Clécio Alves (PMDB), tem na vice-presidência o vereador e médico  Paulo Daher (DEM) e  na  relatoria o vereador Elias Vaz, (PSB). São membros da comissão: Jorge Kajuru (PRP), Cristina Lopes (PSDB), Anderson Bokão (PSDC) e Carlin Café (PPS).

(Foto Wictória Jhefany)