CEI da Saúde constata problemas no plantão de Cais Novo Horizonte
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde ouviu nesta sexta-feira, 1º, o médico José Rocha Gomes Filho e a coordenadora geral Maísa Vieira de Paula, ambos do Cais do Novo Horizonte para explicar problema no plantão médico daquela unidade verificado pela comissão em visita à unidade no dia 30 de outubro de 2017.
A conclusão dos parlamentares é de que está havendo ineficiência na gestão dos plantões daquela unidade por falta de médicos, troca de escalas, medicamentos, profissionais na equipe de emergência.
De acordo com o presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB) naquela ocasião não havia médicos na emergência do Cais. “A diretora justificou que dos três médicos escalados, um médico havia sido demitido, e os demais, apresentariam atestado pela falta”, contou Clécio explicando que no site da transparência constava o nome de José Gomes Filho.
O profissional esteve na Casa no uso da Tribuna Livre em plenário para se defender e afirmou que não estava na escala no referido dia. Clécio, no entanto destacou que a coordenadora da unidade afirmara que ele era um dos profissionais que estava de atestado. A intenção da oitiva é confrontar os dois servidores para conhecer a verdade, declarou.
José Filho apresentou escalas de serviço dos últimos meses, bem como, declaração da diretora técnica da unidade, Roberta Pimenta Barbosa, de que nunca faltara ao serviço, além de mapa de atendimento dos pacientes nos dias em que esteve de plantão.
Ele informou que já se descredenciou da unidade, medida que havia solicitado há mais de um mês e que o salário de R$ 16 mil verificado no site da transparência da Prefeitura refere-se a dois contratos – um no Novo Horizonte e outro no Cais Água Branca.
Já a coordenadora Maísa Barbosa admitiu que cometeu erro ao informar aos vereadores os motivos das faltas de dois médicos sem saber com certeza se estavam na escala de plantão pois a responsável pela escala é a diretora técnica juntamente com o coordenador médico, e realmente o médico José Gomes não estava na escala naquele dia e sim no dia anterior, 29. Ela também apresentou documentos à CEI: atestados médicos e declarações de comparecimento ao serviço.
A coordenadora informou aos parlamentares que seis médicos já se descredenciaram na unidade e que isso está afetando a escala de plantões, além do que faltam outros profissionais como técnicos de enfermagem e enfermeiros de nível superior para as equipes da urgência.Outro problema é que o número de pacientes aumentou bastante com a transferência dos atendimentos que eram feitos no Cais Jardim América que foi fechado para reforma.
Ela contou que a escala da unidade é passada para o site da Prefeitura semanalmente, mas que pode ser alterada devido à necessidade de remanejamento nos plantões. Sobre questionamento dos vereadores que relataram falta de medicamentos na emergência e o fechamento da farmácia na unidade, Maísa justificou que os remédios são repostos diariamente de 8 às 19 horas e não foi relatada falta pelos farmacêuticos.
Os vereadores ao final da reunião aprovaram requerimento que sugere à secretária Fátima Mrué que transfira seis médicos dos 133 da Central de Regulação da SMS para o cais do Novo Horizonte imediatamente para suprir a falta dos profissionais. (Fotos de Wictória Jhefany)