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CEI da Saúde denuncia gastos irregulares com aparelhos de raio-X

por Heloiza Amaral publicado 09/04/2018 09h50, última modificação 10/04/2018 12h20

Em reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde, nesta segunda-feira (9), os vereadores Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (PRP) denunciaram gasto de mais de R$11 milhões nos dois últimos anos com a terceirização do serviço de raio-X em seis unidades de saúde da capital, enquanto há aparelhos novos ainda encaixotados no almoxarifado. O contrato de terceirização com a empresa Techcapital foi assinado em 2014 para fornecer os aparelhos aos Cais de Campinas, Bairro Goiá, Chácara do Governador, Upa Itaipu, Upa Noroeste e Crof.

O relator da CEI, Elias Vaz, afirma que esteve no Cais de Campinas e no Crof e encontrou equipamentos sucateados. Segundo ele, no Crof, referência em ortopedia em Goiânia, os pés das macas de raio-X estavam enferrujados e remendados com esparadrapo. Os aparelhos têm data de 8 de junho de 2009, o que contraria também os termos do contrato, que determina tempo máximo de uso de dois anos. “Além de cobrar caro, a empresa ainda descumpre o contrato. Enquanto há tantas necessidades na Saúde e a prefeitura alega problemas financeiros, registramos esse gasto absurdo, sendo que há equipamentos novos”, destaca o vereador.

O processo de compra de 13 aparelhos foi autorizado em 14 de julho de 2015 e vencido pela Sawae Tecnologia Ltda. A última entrega foi registrada em 29 de março de 2016, totalizando sete aparelhos no almoxarifado, exatamente o número de equipamentos contratados com a Techcapital. A CEI vai pedir o cancelamento imediato do contrato e a instalação dos novos aparelhos. O presidente da comissão, Clécio Alves (MDB), diz que a Techcapital deve ressarcir o município pelos dois anos de pagamento das máquinas, que estão em desacordo com o contrato. Depois da reunião, os membros da CEI partiram em diligência por unidades de saúde de Goiânia. (Fotos: Wictória Jhefany e Welder Camargo)