CEI da Saúde ouve ex-diretor de transportes e médico investigado por participação na Máfia do Samu
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Saúde em Goiânia ouviu, nesta segunda-feira (12), o ex-diretor de transportes e atual coordenador administrativo do Samu, Wilson Rodrigues, que confirmou que o diretor administrativo da secretaria municipal de Saúde, Luiz Teófilo, foi o responsável pela indicação da Inovar para a manutenção da frota sem contrato. Em resposta ao vereador Jorge Kajuru (PRTB), ele explicou que a frota não foi trocada pelo Ministério da Saúde por causa de três pendências: inexistência de sede própria do Samu, o processo inconcluso de transferência de três ambulâncias das Olimpíadas para a Prefeitura de Goiânia e a base de pintura padrão da frota.
De acordo com Wilson, não existem culpados pelo sucateamento dos veículos, já que eles são antigos e rodam 24 horas por dia, atendendo pacientes de toda a capital. Apesar disso, ele afirmou que se assustou com os valores de manutenção (14 milhões gastos em cinco anos). O ex-diretor de transportes disse também que, depois de 2015, o Samu ficou sem um técnico na oficina que pudesse atestar os reparos. Apenas um motorista passou a verificar se os veículos estavam funcionando.
A CEI ouviu ainda o médico Rodrigo Cleto, investigado por participação na Máfia do Samu e proprietário da UTI Central Vida. Rodrigo negou que tenha aliciado profissionais do Samu para direcionar pacientes para sua UTI. Segundo ele, seu sigilo telefônico foi quebrado por três anos e nada foi encontrado sobre o caso. O servidor que o teria denunciado, de acordo com ele, foi um colega de trabalho no SOS da Unimed e não no SUS.
Polícia Federal
Hoje, às 15 horas, os vereadores da CEI irão à Polícia Federal, para apresentar documentação sobre o suposto superfaturamento na manutenção da frota da secretaria municipal de Saúde. A próxima reunião da CEI está marcada para sexta-feira (16), às 8h30, na Sala das Comissões da Câmara. (Foto: Wictória Jhefany)