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CEI da Saúde ouve ex-governador Marconi Perillo e secretário Leonardo Vilela

por Heloiza Amaral publicado 20/04/2018 12h10, última modificação 20/04/2018 17h40

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia ouviu, nesta sexta-feira (20), o ex-governador Marconi Perillo e o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, que foram convidados pelo vereador Paulo Daher (DEM), por meio de requerimento aprovado por unanimidade na comissão. Paulo Daher questionou o ex-governador sobre investimentos na Saúde em valores inferiores ao que determina a Lei e sobre a transferência de pacientes do interior para a capital, por causa da ineficiência do atendimento local.

Marconi Perillo afirmou que os indicativos mostram o contrário do que disse Paulo Daher, já que o número de hospitais estaduais cresceu de sete para 24, além de o Estado ter assumido hospitais municipais que não ofereciam bom atendimento à população. “Houve um aumento de 146% no número de internações e 98% nos leitos de UTI. Estão em implantação, neste momento, 1152 novos leitos, que devem entrar em operação ainda em 2018, gerando 290 mil novos atendimentos”, destacou o ex-governador.

O secretário Leonardo Vilela criticou a postura da Prefeitura de Goiânia por justificar as dificuldades da Saúde no município com o atendimento prestado a pacientes do interior. De acordo com ele, todos os municípios têm mais inscritos no SUS que o número de habitantes. Ele destacou ainda que 120 milhões de reais são enviados anualmente a Goiânia para custear os atendimentos dos pacientes encaminhados.

Leonardo Vilela afirmou que a Constituição exige 12% de investimentos do Estado na Saúde, o que inclui manutenção dos serviços já existentes, e destacou que todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal, o que não ocorreria caso o governo não fizesse os investimentos.

O relator da CEI, Elias Vaz (PSB), questionou o ex-governador sobre o registro de 40 vagas de UTI no HGG, quando são oferecidas apenas 30. Marconi e o secretário Leonardo Vilela afirmaram que não há pagamento por 40 vagas, mas pelas despesas comprovadas com os leitos de UTI. O erro, segundo ele, partiria da regulação do município. Marconi Perillo sugeriu que o serviço seja repassado ao Estado e pediu que a CEI apresente a ideia à Prefeitura de Goiânia. A CEI volta a se reunir na próxima segunda-feira (23), às 8h30, na Sala das Comissões da Câmara. (Foto: Wictória Jhefany)