CEI da Saúde ouve secretário de Tecnologia sobre troca de software
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia ouviu, nesta sexta-feira (6), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Ricardo De Val Borges, sobre a substituição de software do Ministério da Saúde por um desenvolvido pela empresa Viver, de Belo Horizonte (MG).
O secretário afirmou que foram realizadas cotações no mercado e que a Viver foi a empresa que atendeu a todos os requisitos, oferecendo o menor preço. Segundo ele, os técnicos da Sedetec não foram ouvidos se havia maneiras de aprimorar o software anterior, porque a preocupação da secretaria municipal de Saúde era trocá-lo.
Como convidado da CEI, o técnico da Sedetec César Augusto Marques de Souza declarou que o software antigo não precisava ser trocado, já que havia equipe qualificada para aprimorá-lo. De acordo com ele, talvez fosse necessário contratar mais mão de obra, mas o valor seria inferior ao gasto na implantação do novo software (R$4,2 milhões).
Também como convidado, o diretor do Cais de Campinas, Max Nascimento, disse que o novo software é mais difícil de operar e que muitos médicos têm optado por não usá-lo, fazendo todo o procedimento de forma manual. “Para o servidor, foi horrível a mudança. A gente só perde tempo, já que 80% dos pacientes que estavam cadastrados não aparecem mais com o software novo. Temos que cadastrar de novo quando vão ao Cais”, destacou Max.
Para o relator da CEI, vereador Elias Vaz (PSB), a secretaria de Saúde errou ao contratar o novo sistema sem se preocupar se havia possibilidade de aprimorar o anterior, gastando uma quantia que faria diferença se investida em infraestrutura e medicamentos. A próxima reunião da comissão ficou marcada para segunda-feira (9), às 8h30. Os vereadores partirão da Câmara Municipal em diligência por unidades de saúde de Goiânia. (Foto: Wictória Jhefany)