CEI da SMT recorre ao MP para questionar contrato de fotossensores
Presidida pelo vereador Elias Vaz (PSB), a Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades na Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade- SMT promoveu reunião extraordinária nesta quarta-feira, 10, com o secretário Felisberto Tavares, às 14 horas, na sala de comissões da Câmara Municipal. Além de Elias Vaz, estavam presentes os vereadores Cabo Senna (PRP), Anderson Sales (PSDC), Lucas Kitão (PSL), Delegado Eduardo do Prado (PV) e Welington Peixoto (PMDB). Todos os parlamentares recomendaram à prefeitura que não efetive o contrato com a Eliseu Kopp &Cia Ltda, que venceu o processo licitatório realizado no ano passado para operar fotossensores em Goiânia. “Nós temos conhecimento que a empresa tem envolvimento em irregularidades em outros estados. Inclusive o dono chegou a ser preso em uma operação da Polícia Federal”, afirmou Elias Vaz (PSB).
Além do passado suspeito da empresa, Elias Vaz apontou duas incoerências no processo de licitação, tendo em vista a planilha de custos apresentada: em quatro anos, a Trana- empresa que prestava o serviço – gastou em energia um total de sete mil reais. Já a Eliseu Kopp apresentou um custo previsto de três milhões de reais em cinco anos. A outra incoerência é que a Trana apresentava o valor de 13% como custos de tributos, enquanto a Kopp apresenta o valor de 33%.
Relator da CEI da SMT, Delegado Eduardo do Prado leu o parecer contrário à assinatura do contrato emitido por um procurador, Luiz Sérgio Carneiro, dizendo que a Eliseu Kopp “não atende os requisitos do edital”.
Secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Felisberto Tavares afirmou acreditar na competência “da equipe escolhida por Iris Rezende. Não quero acreditar que pessoas competentes que atuam na Procuradoria Geral, Controladoria Geral e a Comissão de Licitação do Município não tenham detectados os erros apontados aqui. Posso afirmar que por parte da Prefeitura, não há a menor chance de ser conivente com irregularidades”. Sobre a fato do desligamento dos fotossensores , Felisberto disse que “desde a segunda quinzena de janeiro, já havia informado à vereadores que isto ocorreria”, cobrando celeridade nas investigações feitas pela CEI para não prejudicar o sistema de trânsito de Goiânia. Só em duas semanas, registrou, com a retirada dos equipamentos de fotossensores, duas pessoas morreram.
Elias Vaz encerrou os trabalhos comunicando que os membros da CEI irão procurar o Ministério Público para impedir a assinatura do contrato. Além desta providência, a Comissão irá convocar os donos da empresa Eliseu Kopp para prestarem esclarecimentos sobre o processo para a próxima semana.