Comissão da Habitação debate obra da Nexus e desafetação no Abaporu
A Comissão de Habitação e Urbanismo da Câmara Municipal de Goiânia decidiu por unanimidade, nesta quinta-feira, 24, realizar audiência pública, em data a ser agendada, para debater a construção do Empreendimento Nexus.
Serão convidados além dos representantes da empresa responsável pela obra, o Ministério Público que impetrou ação civil pública pedindo embargo da obra, o Corpo de Bombeiros que emitiu licença e moradores do setor Marista.
“Levantamos os questionamentos e solicitamos documentos do Ministério Público e da secretaria Municipal de Planejamento sobre o processo que concedeu o Alvará de funcionamento da obra”, contou Carlin Café (PPS) que preside a Comissão. “Queremos esclarecer dúvidas sobre a legalidade ou não desde o início do processo e trazer os proprietários no Legislativo para se explicarem”, adicionou.
Elias Vaz (PSB), membro da comissão, relatou que o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) foi falsificado, pois no abaixo-assinado pode-se notar que uma mesma pessoa assinou se passando por vários moradores do setor Marista, onde o Nexus está sendo construído”. Cremos que a Prefeitura foi induzida ao erro para aprovar a obra e precisamos saber se realmente os moradores estão a favor”.
O Nexus Shopping & Business, orçado em R$ 550 milhões, com mais de 136 mil metros quadrados será construído na Avenida D, esquina com a Avenida 85 e Rua 143-A. Serão três torres que vão abrigar salas comerciais, lajes corporativas, hotel executivo de alto padrão, shopping center e um moderno centro de convenções. Quando estiver concluído, a previsão é que 4.500 pessoas trabalhem no local e que 9 mil pessoas circulem pelo complexo diariamente.
Os vereadores concordaram que o empreendimento trará grande impacto para a população da cidade, dos bairros próximos e especialmente no trânsito da região.
ABAPORU
Outra matéria analisada na comissão, aprovada para ir ao plenário em última votação, refere-se ao projeto de lei do vereador Cabo Senna (PRP) que revoga lei do ano passado que desafetou várias áreas na capital. A proposta de Senna, apresentada para atender reivindicação dos moradores dos setores Abaporu e Amendoeiras, é que duas áreas daquela região retornem para suas destinações primitivas - parque e praça.
O ex-prefeito Paulo Garcia havia desafetado as duas áreas para construção de habitações populares, mas os moradores que não foram ouvidos à época não concordaram.
O relator da matéria, Vinícius Cirqueira (PROS) que solicitou diligências à Seplan e à Amma, apresentou relatório favorável à regovação das desafetações das duas áreas. “Deveria ter sido feita audiência antes de desafetar e essa foi uma irregularidade”, afirmou salientando que o colega Cabo Senna reuniu-se com a Associação de Moradores da região leste e fez a audiência in loco para que as áreas retornem para o que foram destinadas, ou seja, o Parque da Vovó, escola municipal, Cmei, Ciams e praça.