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Em reunião, Comissão do Idoso avalia trabalho realizado e define metas para 2020

por Patrícia Drummond publicado 06/03/2020 01h10, última modificação 06/03/2020 01h12

A Comissão dos Direitos do Idoso da Câmara, presidida pelo vereador Paulo Magalhães (PSD), promoveu na tarde desta quinta-feira (5), a primeira reunião do ano, com a presença de representantes de órgãos e entidades que integram a Rede Municipal de Proteção ao Idoso. Durante o encontro, foram avaliadas as ações realizadas – individualmente e em conjunto – no ano de 2019, e também estabelecido um novo cronograma de metas. 

“Já na próxima semana vamos marcar novas blitze para voltar aos locais de atendimento aos idosos que visitamos para verificar como se encontram e se o que havia para ser resolvido foi, de fato, resolvido”, afirma o vereador Paulo Magalhães. “Estivemos conversando com o secretário (de Assistência Social) Mizair Lemes Jr. e a resposta é sempre a mesma: tudo depende de licitação. Ocorre que o tempo está passando e a campanha eleitoral já está aí, a pleno vapor. O que me parece é que não há interesse em resolver o problema do idoso em Goiânia; o idoso que, além de a família abandonar, o poder público não toma nenhuma providência em seu benefício”, lamenta. 

Além do parlamentar – que coordenou a Mesa -, participaram da reunião o titular da 30º Promotoria de Justiça de Goiânia, especializada na Defesa dos Direitos dos Idosos, Vagner Jerson Garcia; o delegado titular da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI), Alexandre Alvim; o defensor público coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Goiás, Phelipe Arapian; a presidente do Conselho Municipal do Idoso, Irmã Waldeci; e Arleide Rocha Brandão, membro da Federação Estadual do Idoso, representando a presidente da entidade, Ivone Corgozinho. A representante da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Maria José de Oliveira, que responde pela Assessoria Especial de Proteção à Pessoa Idosa, não compareceu.

Para a unanimidade dos presentes, os avanços e as conquistas na área se devem à soma de esforços. “Essa simbiose, esse trabalho conjunto, não só é importante como salutar. Seja na fiscalização de instituições, no encaminhamento de projetos de lei, na implementação de políticas públicas ou na investigação de crimes contra os idosos, essa comunhão de ações é de fundamental importância”, avalia o promotor de Justiça Vagner Jerson Garcia, apontando o papel exercido desde os Conselhos Municipais até a DEAI.  

E o promotor destaca, em especial, o trabalho da Comissão dos Direitos do Idoso da Câmara: “Em 2019 fizemos várias blitze e incursões; vários projetos foram aprovados e desenvolvidos para a melhoria do atendimento à pessoa idosa. Ano passado talvez tenha sido o ano que mais tenhamos tido benefícios voltados à pessoa idosa justamente porque contamos com o apoio desta Comissão˜.  

Suporte

O delegado Alexandre Alvim, titular da DEAI, também considera que a parceria entre os órgãos e entidades estabelecida por meio da Rede Municipal de Proteção ao Idoso é fundamental. Segundo ele, cada um dos envolvidos no trabalho – Conselhos, Ministério Público, Câmara Municipal e Semas - tem uma importante missão a cumprir no atendimento que o idoso necessita. 

“No caso da DEAI, precisamos desse suporte, dessa sustentação, já que, na nossa delegacia, o atendimento é diferenciado”, argumenta Alvim. Ele explica que o idoso chega ao local vulnerável, e que os crimes dos quais são vítimas, por envolverem, na maior parte das vezes, familiares, acabam exigindo mais das equipes – o trabalho é multidisciplinar, realizado com o apoio de psicólogos e assistentes sociais.

 “Temos dificuldade de convencer o idoso em contar para a gente o que realmente está ocorrendo, se está sendo vítima de abandono ou de maus-tratos, porque ele não quer ver o seu familiar prejudicado e também não tem a quem recorrer. Isso porque, se esse idoso for afastado do convívio familiar, ele não tem uma pessoa para cuidar dele”, relata o delegado. 

“Trata-se de uma demanda social que dificulta muito o trabalho da DEAI. Não trabalhamos apenas a forma criminal do que foi praticado, mas o destino desse idoso. Precisamos tentar entender qual é o contexto e como vamos proceder em cada caso. Daí a sustentação importante que encontramos em toda essa rede de proteção”, acrescenta Alexandre Alvim.