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Comissão que investiga contas da Prefeitura colhe depoimento de ex-secretário responsável pelo Mutirama

por joana — publicado 09/08/2017 17h35, última modificação 10/08/2017 13h46
Comissão que investiga contas da Prefeitura colhe depoimento de ex-secretário responsável pelo Mutirama

Foto: Marcelo do Vale

Ex-secretário municipal de Esporte e Lazer, responsável pela gestão do Parque Mutirama, Luiz Carlos Orro foi ouvido nesta quarta-feira pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as contas da prefeitura no período 2009-2017. A oitiva, a 25ª realizada, aconteceu na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Goiânia. Presidida pelo vereador Zander Fábio (PEN), a Comissão é formada por Priscilla Tejota (PSD), vice-presidente; Jorge Kajuru ( PRP), relator; Jair Diamantino (PSDC), Oséias Varão (PSB), Kleybe Morais (PSDC) e Tiãozinho Porto (Pros).

Depoimento

Luiz Carlos Orro foi secretário de setembro de 2007 ( gestão Iris Rezende) a março de 2012 ( gestão Paulo Garcia), período em que foram adquiridos brinquedos com mais de quarenta anos de uso para a revitalização do Parque Mutirama. O contrato firmado pela prefeitura com a empresa Astri Decorações Temáticas foi no valor de cerca de R$ 30 ( trinta) milhões de reais e foi alvo de denúncias feitas pelo vereador Elias Vaz (PSB). Orro afirmou que o valor pago pela montanha russa foi de dois milhões e seiscentos mil reais e que não sabia de irregularidades, uma vez que o processo era de competência da Comissão de Licitação da prefeitura. “Me sinto responsável por este contrato. Não houve nenhum pedido para que eu assinasse este contrato”, disse acrescentando que também não tinha conhecimento dos desvios de dinheiro dos ingressos do Parque Mutirama. “Soube pela imprensa”, concluiu.

Relatoria

De acordo com o relator Jorge Kajuru, dentre as inúmeras suspeitas de irregularidades do contrato entre a Astri e a Prefeitura de Goiânia estão as seguintes: a empresa foi criada apenas três meses antes da licitação ( as leis vigentes exigem, no mínimo, um ano no mercado ), a empresa atuou apenas neste contrato ( nem antes e nem depois), a montanha russa adquirida por dois milhões e seiscentos mil reais era vendida no mercado ao preço de cento e setenta e cinco mil dólares, outra empresa que prestou o mesmo tipo de serviço ao Hopi Hari (SP) cobrou três milhões de reais ( um décimo do valor do contrato em questão).

Priscilla Tejota registrou que embora a prefeitura tivesse gasto cinquenta e seis milhões com o parque reaberto em 2012, no ano de 2013 eram gastos duzentos e treze mil mensais para reposição de peças. E questionou sobre este valor que era exatamente o que o parque arrecadava mensalmente com a venda de ingressos.

Requerimentos

Ao final da oitiva, Priscilla apresentou requerimento pedindo toda a documentação junto ao Tribunal de Contas dos Municípios sobre o contrato em questão e Kajuru solicitou a convocação do ex-presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, Renault Juriti Sampaio para depor na Comissão.