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Cristina Lopes aponta problemas de estrutura e falta de medicamentos em Caps de Goiânia

por Guilherme Machado publicado 01/02/2019 08h13, última modificação 01/02/2019 08h13

Dentro da campanha Janeiro Branco, criada por meio de lei de sua autoria, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) visitou cinco Centros de Ação Psicossocial de Goiânia (Caps): Novo Mundo, Girassol, Vida, Casa e Água Vida. Dentro das especificidades de cada um, Cristina constatou que faltam repasses adequados de recursos, medicamentos e manutenção do espaço destinado à recuperação de pacientes com algum tipo de transtorno mental. “A saúde mental no município é altamente negligenciada pelo poder público. O aspecto de abandono e precariedade salta aos olhos dos visitantes”, afirma.

Para solucionar os problemas, a vereadora apresentará relatório ao Ministério Público Estadual, apontando as irregularidades encontradas em cada Caps, além de elaborar requerimento e ofício à Prefeitura de Goiânia, para que sejam atendidas as principais demandas das unidades, como a falta de manutenção e de medicamentos. A vereadora, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pretende também se reunir com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para relatar as condições precárias da saúde mental em Goiânia, e negociar repasses financeiros, convênios e medidas para melhorar a situação dos pacientes.

Palestra de encerramento

Para encerrar a Campanha Janeiro Branco, focada na saúde mental e emocional da população, a vereadora Cristina promoveu palestra, nesta quinta-feira, 31, na Câmara Municipal de Goiânia, com a presença do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Serra da Silva. Segundo ele, o Estado desconhece as leis de preservação da saúde mental, o que torna a campanha tão importante. OAB e Câmara Municipal, por meio da Comissão de Direitos Humanos, presidida por Cristina Lopes, trabalharão juntas para melhoria da situação da saúde mental na capital, cobrando ações do Executivo.

Situação dos Caps

Caps Novo Mundo: Atende aproximadamente 1,5 mil pacientes com transtornos mentais, nas regiões Norte e Leste da capital. Funciona sob regime de “portas abertas e conta com dois médicos psiquiatras, oito psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas e professores de teatro. Apesar de fornecer internação, não recebe recursos para isso, devido à falta de registro no Ministério da Saúde. A unidade atende acima de sua capacidade. Também faltam medicamentos e jardineiros. A vereadora Cristina Lopes apresentará requerimento solicitando que a Comurg faça a limpeza do espaço. É preciso substituir, ainda, as janelas com vidraças, para evitar o risco de acidentes com os pacientes.

Caps Girassol: Atende crianças e adolescentes (idade máxima de 18 anos) de Goiânia, em regime “portas abertas”, sem possibilidade de internação. A prioridade é para jovens usuários de droga e álcool. A unidade encaminha adolescentes recuperados a programas de primeiro emprego. No local, há pouca adesão da família aos projetos terapêuticos oferecidos, devido a dificuldades financeiras para locomoção e alimentação. Muitos pacientes não conseguem dar sequência ao tratamento, por estarem sob ameaça de traficantes. Não há, por parte do município, garantias de segurança para os jovens e suas famílias. O espaço de convivência não tem atrativos. Não há biblioteca, jogos ou televisão, apenas uma piscina, que está inutilizável devido à falta de manutenção e limpeza. O Caps não oferece vagas suficientes para o tratamento de pacientes com doenças mentais leves e moderadas. Cristina Lopes solicitou à Secretaria Municipal de Saúde a limpeza imediata da piscina e a instalação de ar-condicionado já disponível no local.

Caps Vida: Atende pacientes adultos com transtornos mentais leves, em regime de “portas abertas”. Conta com dois médicos: um psiquiatra e um clínico geral. Não atende pacientes usuários de droga e álcool. Faltam, na unidade, produtos essenciais da cesta básica e medicamentos. A escadaria não tem grade ou outro tipo de proteção para evitar acidentes. Não existem carros à disposição do Caps, o que inviabiliza a visita aos pacientes, o que é fundamental na assistência à saúde mental. Prontuários são preenchidos à mão, não havendo compartilhamento de informações. A piscina está sem condições de uso, por falta de limpeza e manutenção. A vereadora solicitou à Secretaria Municipal de Saúde a limpeza da piscina e a reposição dos medicamentos.

Caps Casa: Atende adultos usuários de álcool e drogas, em regime de “portas abertas”, sem possibilidade de internação. Conta com dois psiquiatras e um clínico geral. Os prontuários são feitos manualmente, sem integração com as demais unidades de saúde mental e com o Ministério da Saúde. Faltam medicamentos e materiais para as aulas de arteterapia. A estrutura física da unidade é precária, com infiltrações, paredes mofadas e pouco espaço de convivência. A vereadora Cristina já enviou ofício pedindo a reposição dos medicamentos no Caps.

Caps Água Viva: Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves. Conta com três psiquiatras e funciona em regime “portas abertas”. Logo oferecerá internações, já tendo leitos prontos para isso. Faltam medicamentos e repasses financeiros adequados ao funcionamento da unidade. Cristina Lopes solicitou à Secretaria Municipal de Saúde a reposição do estoque de medicamentos.

(Texto produzido pela assessoria de imprensa da vereadora Cristina Lopes)