Depoimento do Presidente da AMMA deixa dúvidas sobre conclusão de parque na região Noroeste
Convidado para reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as obras paradas em Goiânia, o presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Gilberto Martins Marques Neto, afirmou, nesta segunda-feira (11), que, dos R$ 2 milhões pagos à prefeitura pelo Shopping Passeio das Águas como contrapartida ambiental, R$ 409 mil foram gastos na desocupação de áreas no Jardim Nova Esperança. O restante seria insuficiente para a conclusão do projeto. O presidente da CEI, Alysson Lima (PRB), lembrou que a prefeitura e o shopping assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público e que essa verba tem necessariamente que ser empregada na região Noroeste.
Ainda de acordo com o presidente da AMMA, o Fundo Municipal do Meio Ambiente conta com apenas R$ 5 milhões para investir em novos projetos, pois R$ 9 milhões estão comprometidos com obras específicas e outros R$ 5 milhões serão gastos com a manutenção da agência. Mesmo com dinheiro disponível, segundo ele, a administração municipal tem encontrado dificuldades para dar andamento aos projetos, por falta de corpo técnico. Para solucionar o problema, a AMMA busca parceria com universidades sediadas em Goiânia.
Dinheiro devolvido
O relator da CEI, vereador Eduardo Prado (PV), apresentou requerimento pedindo a convocação da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, para explicar o que a prefeitura pretende fazer para evitar a perda de R$ 187 milhões, que retornarão ao Governo Federal, devido a irregularidades no Hospital Maternidade Oeste. A prefeitura não paga a contrapartida da obra desde 2017. “Serão 187 milhões jogados fora e a população precisa dessa maternidade”, destaca. A reunião da CEI foi suspensa antes de votar o requerimento, por falta de quórum, mas será retomada nesta terça-feira (12), antes da sessão no plenário. O relator também pediu a convocação dos empresários da Elmo Engenharia, responsáveis pela obra. (Foto: Alberto Maia)