Diretor da Comurg estará na Câmara amanhã para prestar esclarecimentos
O ex-presidente e atual diretor administrativo da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Ormando José Pires, deve comparecer nesta quarta-feira, 05,à Câmara Municipal, durante sessão plenária, às 9h30min, para esclarecer aos vereadores por que teria ordenado a liberação dos servidores das garagens para participar de manifestação contra os vereadores que investigam os superquinquênios na Companhia. Elias Vaz (PSB), que pediu a convocação de Ormando, foi informado que o ex-presidente da Comurg deu a ordem no dia 22 de março, quando vereadores iriam se reunir com o atual presidente da Companhia, Denes Pereira, na tentativa de estipular regras para o pagamento do quinquênio
“Queremos saber por que, com tantas demandas na capital, o diretor achou por bem suspender uma tarde de trabalho para insuflar os servidores contra os vereadores. O que defendemos é apenas o corte de privilégios a um pequeno grupo da Comurg, que recebe supersalários porque tem ligação com sindicato ou associação enquanto a maioria trabalha muito e ganha pouco”, afirma o vereador Elias Vaz.
O vereador denunciou em março o gasto mensal da prefeitura de R$420 mil com o pagamento de quinquênio a apenas 40 servidores. Um deles chega a ganhar por mês R$24 mil só de quinquênio, sem contar outros benefícios.
Um dos beneficiados é justamente Ormando José Pires. Segundo o Portal da Transparência da prefeitura, ele tem vencimento de R$2.394 e recebeu em fevereiro quinquênio de R$21.690, quase 10 vezes o valor do salário base. “Vamos cobrar dele também como foi feita essa multiplicação de quinquênio. E quero questionar por que, enquanto presidente, ele manteve a prática de oferecer privilégios a poucos, inclusive para ele mesmo, e não buscou melhorias para todos os trabalhadores”, destaca Elias.
Finanças
Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 04, foi aprovado, por unanimidade, requerimento apresentado por Elias Vaz (para que o secretário Municipal de Finanças, Oseias Pacheco de Sousa, venha à Câmara Municipal dar explicações sobre a situação atual da prefeitura. O vereador recebeu denúncia de que a prefeitura mantém dinheiro em caixa, apesar de alegar falta de recurso para cumprir compromissos básicos da administração.
Segundo a informação, no dia 28 de fevereiro deste ano, a prefeitura tinha em caixa quase R$370 milhões. Apesar disso, o Município atrasou o pagamento do funcionalismo e deixou de fazer outros repasses, prejudicando a população, que enfrenta problemas como falta de insulina, de merenda escolar, de vagas na UTI e até ambulâncias do Samu paradas por falta de manutenção. “Precisamos de uma resposta clara do Município. Por que investimentos essenciais não são feitos e o cidadão padece enquanto há dinheiro na conta”, questiona Elias Vaz.
Com informações da assessoria de imprensa do vereador