Dra. Cristina aponta descaso do poder público nas unidades de saúde
A vereadora Dra. Cristina (PL) realizou, nas últimas semanas, uma blitz pelas unidades de saúde de Goiânia, constatando péssimas condições de trabalho para os servidores e atendimento inadequado à população. Os profissionais que receberam a parlamentar reclamaram que não foram treinados para enfrentar a pandemia e que a Prefeitura de Goiânia não adequou as unidades e não entregou equipamentos de proteção individual (EPIs) de qualidade (sobretudo no primeiro mês).
Além disso, outra preocupação de pacientes e servidores foi a retirada da Guarda Civil Metropolitana dos Cais, CFSs e UPAs. A ação causou o aumento de problemas relacionados à violência contra servidores que passaram a lidar com pessoas desesperadas por atendimento. Um médico, inclusive, chegou a ser agredido enquanto intubava um paciente com insuficiência respiratória no Cais do Bairro Goiá. “O problema foi parcialmente resolvido, depois que entramos com representação no Ministério Público e no Ministério Público do Trabalho, requerendo o retorno da Guarda”, afirma a vereadora.
No CIAMS do Urias Magalhães, segundo Dra. Cristina, foi detectado um problema comum na maioria das unidades da saúde: não há infraestrutura mínima para diminuir a circulação do coronavírus. De acordo com ela, faltam pias para que servidores e pacientes lavem as mãos. É preciso andar pela unidade em busca de um local para se higienizar. Os servidores também reclamaram da demora na entrega de EPIs, que os fizeram “improvisar” para manter o atendimento por alguns dias.
No Cais do Bairro Goiá, a visita foi feita depois de uma denúncia recebida no gabinete. Dra. Cristina conta que chegou ao local quando ainda estava amanhecendo e contatou que faltavam cloro e hidrocloreto, necessários para higienização e lavagem das roupas. “Para piorar, o Cais do Bairro Goiá lava as roupas de mais de 18 unidades de saúde”, destaca. No CIAMS do Novo Horizonte, foram encontrados materiais de saúde vencidos, e, no CFS Aroeiras, as servidoras criaram barreiras de proteção por conta própria, já que elas não foram providenciadas pela secretaria. A vereadora afirma que um relatório foi produzido sobre as visitas e repassado à Câmara Municipal de Goiânia. A titular da Secretaria Municipal de Saúde, Fátima Mrué, foi informada sobre os problemas durante prestação de contas ao Legislativo. Ela disse que o atendimento nas unidades de saúde segue um protocolo e que o trabalho tem sido acompanhado pela administração pública.
Texto da assessoria de comunicação da vereadora