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Dra. Cristina e entidades ligadas ao meio ambiente denunciam crime ambiental no Parque Oeste Industrial nesta quarta

por Guilherme Machado publicado 28/05/2019 17h20, última modificação 28/05/2019 17h20

A vereadora Dra. Cristina (PSDB), a Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA) e a Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca) convidam a imprensa para coletiva nesta quarta-feira, 29, às 14 horas, no Parque Sebastião Júlio Aguiar, que está em construção no setor Parque Oeste Industrial. Eles denunciam crime ambiental por parte da Prefeitura de Goiânia, que constrói o parque dentro de Área de Preservação Permanente (APP), local com 29 nascentes que abastecem o córrego Macambira.

Segundo o presidente da Arca, Gerson de Souza Arrais Neto, a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) ignorou laudos técnicos de peritos do Ministério Público de Goiás e da própria agência, adotando um único laudo favorável, emitido por um geólogo contratado por empreendedores interessados na construção do parque, o mesmo que deu parecer a favor da invasão do córrego Caveirinha pelo Shopping Passeio das Águas. O ambientalista destaca que a obra vai matar a vereda do Parque Oeste Industrial e deve piorar a situação hídrica de Goiânia. A Arca denuncia também que a Prefeitura tem um acordo com empresa que pretende construir edifícios de apartamentos na área. A construção do parque provocaria o aumento do valor dos imóveis.

A vereadora Dra. Cristina protocolou na DEMA e no Ministério Público Estadual um documento em que o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia pede o tombamento da área entre a Rua do Café Alameda das Ferraduras e a Rua Magnólia, local em que o parque está em construção no setor Parque Oeste Industrial. O tombamento, segundo a vereadora, é mais um motivo para que a Prefeitura de Goiânia paralise as obras imediatamente. “Nós queremos o parque. E é possível fazê-lo sem comprometer as nascentes. A Arca está elaborando um projeto nesse sentido. Não podemos aceitar mais um crime ambiental em Goiânia”, destaca. O projeto alternativo da Arca será apresentado nos próximos dias e prevê um parque sobre palafitas, sem compactar o solo alagado.

O Parque Sebastião Júlio Aguiar seria o 43o da capital e, pelo projeto da Prefeitura de Goiânia, compreenderia uma área de 113 mil m2, abrigando vereda de buritis e a construção de lago, bicicletário, playground, faixa de caminhada para pedestres, estacionamento e ciclovia no entorno, a um investimento estimado de R$ 7 milhões. Parecer da Diretoria de Áreas Verdes e Unidades de Preservação e Conservação (DIRAVU) aponta a área como “extremamente sensível às alterações e pouca capacidade regenerativa, sendo berço das nascentes do Cerrado. Devastar uma vereda de alguns quilômetros pode equivaler à destruição do equilíbrio de centenas de quilômetros de Cerrado”.

Texto da assessoria de comunicação da vereadora Doutora Cristina