Dra. Cristina propõe semana de conscientização sobre esquizofrenia
A vereadora Dra. Cristina (PSDB) apresentou, nesta quinta-feira, projeto que institui a Semana Municipal da Conscientização sobre a Esquizofrenia no município de Goiânia. A ideia é inserir a temática na comunidade como um todo, evidenciando a esquizofrenia e ampliando o conhecimento sobre o tema, por meio da mídia, e contribuindo com o fim do preconceito e discriminação às pessoas com o transtorno. Além disso, o projeto prevê apoio e suporte legal e moral a cuidadores e responsáveis. A semana será a partir de 24 de maio, Dia Mundial da Esquizofrenia.
Durante a apresentação do projeto em plenário, Dra. Cristina recebeu, para discursar na tribuna popular, Nauria Rodrigues de Brito, mãe de um jovem com esquizofrenia. Nauria contou sua história, destacando que o filho levou uma vida normal até os 15 anos de idade, quando começou a desenvolver crises, devido ao uso excessivo de maconha. Segundo ela, o jovem é capacitado, fala três línguas, mas não consegue emprego quando menciona que foi diagnosticado com a doença. “Meu filho era jogador de futebol, um jovem ativo. Agora não consegue nem trabalhar. Ainda bem que tenho condições de cuidar dele, porque, na rede pública de saúde, não há tratamento para esquizofrenia”, afirma.
A esquizofrenia é um dos principais transtornos mentais e acomete 1% da população em idade jovem, entre os 15 e os 35 anos de idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 15 e 44 anos, considerando-se todas as doenças. Apesar do impacto social, a esquizofrenia ainda é pouco conhecida pela sociedade, cercada de muitos tabus e preconceitos. Caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica, em que a pessoa perde a capacidade de integrar suas emoções e sentimentos com seus pensamentos, podendo apresentar crenças irreais (delírios), percepções falsas do ambiente (alucinações) e comportamentos que revelam a perda do juízo crítico.
A doença produz também dificuldades sociais, como as relacionadas ao trabalho e relacionamento, com a interrupção das atividades produtivas da pessoa. O tratamento envolve medicamentos, psicoterapia, terapias ocupacionais e conscientização da família, que absorve a maior parte das tensões geradas pela doença. A esquizofrenia não tem cura, mas, com o tratamento adequado, a pessoa pode se recuperar e ter uma vida normal.
Texto da assessoria de comunicação da vereadora Doutora Cristina