Durante Sessão, vereadores defendem retorno de atividades de berçários e escolas de Educação Infantil da rede particular
O retorno das atividades dos profissionais que atuam em unidades de Educação Infantil e berçários da rede particular, em Goiânia, dominou as discussões da Sessão Plenária desta quinta-feira (6), na Câmara. Mobilizados, trabalhadores do segmento ocuparam a Galeria da Casa, em grupo de 70 pessoas – em respeito às normas de proteção contra a Covid19 – para solicitar apoio dos vereadores.
“Viemos pedir socorro”, destacou Eula Vilela Gomes, presidente da Associação das Instituições Particulares de Ensino do Estado de Goiás, que falou durante dez minutos, a pedido da vereadora Sabrina Garcêz (PSD). “Nós já somos duramente fiscalizados fora da pandemia e asseguramos: temos plenas condições de voltar ao trabalho com segurança. Vemos que todas as atividades, essenciais e não essenciais, retornaram. E consideramos que a nossa atividade é muito importante. Afinal, as crianças que deveriam estar sob a responsabilidade dessas pessoas que voltaram a trabalhar, estão em algum lugar … E não há fiscalização alguma sobre elas”, argumentou.
Eula apontou números. Segundo ela, são 523 berçários apenas na Capital, dos quais 174 filiados à Associação que representa. O fechamento das unidades ocorreu em 18 março. No total, 52,5 mil crianças deixaram de ser atendidas na Educação Infantil. Apesar de não contarem com receita, diz a líder classista, berçários e escolas seguem, desde o fechamento das portas, há quatro meses, pagando os seus tributos e honrando compromissos com folha de pagamento e fornecedores, dentre outros. “Tivemos uma enxurrada de notas técnicas e seguimos todas. Lembremos aqui, porém, que as crianças da Educação Infantil estão em outro patamar: elas não têm a mesma maturidade que as crianças do Ensino Fundamental, por exemplo, para se envolverem em atividades escolares online”, ressaltou.
Apoio
Dentre os parlamentares goianienses presentes à Sessão, foram várias as demonstrações de apoio à reabertura dos berçários e escolas da Educação Infantil da rede particular no Municipio. “As pessoas que nós, nesta Casa, defendemos e autorizamos voltar a trabalhar são as mesmas que precisam deixar as suas crianças em casa. E têm de deixá-las com alguém. É um absurdo terceirizar esse serviço para pessoas que moram na casa ao lado, que não tâm habilidade ou competência para tal Que nós possamos, agora, achar um caminho, construir uma nota técnica específica”, declarou o vereador Zander Fábio (Patriota), apoiado pelos colegas emedebistas Anselmo Pereira, Denício Trindade e Carlin Café, que frisaram os elevados riscos de ocorrências de abuso sexual e acidentes domésticos por causa dessa situação.
Também as vereadoras Dra.Cristina (PL), Priscilla Tejota (PSD) e Sabrina Garcêz (PSD) defenderam o retorno do segmento às suas atividades, seguindo os devidos protocolos de segurança. Cabo Senna (Patriota), Emilson Pereira (Patriota), Tiãozinho Porto (MDB), Izídio Alves (MDB), Paulo Magalhães (DEM) e o líder do prefeito na Câmara, Welington Peixoto (MDB), foram outros parlamentares a defenderem, publicamente, a volta do atendimento às crianças em berçários e unidades da Educação Infantil da rede privada, em Goiânia.
O Plenário – reunido de forma híbrida, com alguns dos vereadores participando da Sessão de forma remota – esgotou, nesta quinta-feira, a pauta de votações prevista para a data. Ao todo, foram aprovados seis Projetos de Lei e dois requerimentos. Ao final dos trabalhos legislativos, nova sessão foi convocada para a próxima terça-feira, 11 de agosto, a partir das 9 horas.