Em coletiva de imprensa na Câmara, prefeito eleito de Goiânia apresenta reforma administrativa
O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), acompanhado do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e de vários vereadores, esteve no Legislativo goianiense, nesta terça-feira (10) à tarde, para uma coletiva de imprensa. Mabel apresentou a reforma administrativa que fará em sua gestão à frente da Prefeitura, a partir de 1º de janeiro de 2025.
Ao destacar ter experiência na área administrativa e “visão de gestor”, Mabel explicou que a reforma visa à diminuição do custo do município, como forma de sobrar mais dinheiro para investimentos. Uma das medidas será a concessão de espaços públicos à iniciativa privada, onde empresas poderão exibir suas marcas em troca de se responsabilizarem pela manutenção dos locais.
A nova Secretaria de Gestão e Negócios Municipais ficará responsável por aumentar a receita dos equipamentos públicos. Mabel deu exemplo do zoológico, que “tem custo muito alto, de quase R$ 4 milhões por ano mais a folha de pagamento, enquanto são gerados apenas R$ 119 mil de receita”. Além do zoológico, o Mutirama sairá da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer e passará à nova pasta.
Também nova na estrutura administrativa do Município, a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços ficará responsável pelas áreas de cooperativismo e de agronegócio. “Precisamos de mais indústrias em Goiânia. A cidade vem perdendo muitas ao longo do tempo. Quero instalar parques industriais nos futuros eixos estruturantes que construiremos, como o contorno norte de Goiânia ligando a BR-060, na saída para Rio Verde, à BR-153, na saída para Anápolis e no prolongamento da Avenida Goiás Norte, onde também será possível instalar mais equipamentos comerciais”, explicou Mabel.
Para resolver o problema de demora na emissão de licenças municipais, o futuro prefeito disse que criará a Secretaria de Licenciamento e Fiscalização. “Existe dificuldade na abertura de novos comércios em Goiânia, demorando de 120 a 150 dias para sair a licença de funcionamento. Vamos centralizar o licenciamento para ficar tudo em um só lugar e para os processos não ficarem andando de um lugar para outro.”
Já a Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, que ficará fora da pasta de Planejamento, terá metas mensais de regularização de propriedades. Segundo Mabel, há cerca de 40 mil lotes e de 15 mil casas para serem regularizados. “A meta é regularizar tudo em quatro anos de governo”, afirmou.
Outra medida de economia será a redução de cargos nas secretarias. “Vamos contingenciar metade de todos os cargos das secretarias executivas, com exceção da Saúde, que passa por momento muito difícil em Goiânia.”
Em relação à crise na Secretaria Municipal de Saúde, que está sob intervenção estadual, Mabel disse que, no primeiro dia de mandato, vai editar decretos de calamidade pública nas áreas da Saúde e de Finanças. “A situação da cidade é muito mais grave do que imaginei. Estou assustado com como a cidade está colapsando de maneira geral.”