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Em roda de conversa na Câmara, fisioterapeuta fala sobre incontinência urinária feminina

por Guilherme Machado publicado 03/03/2020 17h05, última modificação 03/03/2020 17h08

Na tarde desta terça-feira (3), dando prosseguimento ao primeiro dia da 1º Semana da Mulher, que está sendo realizada na Câmara Municipal de Goiânia, ocorreu uma roda de conversa com a fisioterapeuta Iara Ramos para tratar da incontinência urinária feminina. 

“É uma doença que tem afetado muitas mulheres, mas que tem tratamento de fácil acesso”, disse ela. “Infelizmente muitas não conhecem a cerca da incontinência urinária. Viemos hoje para trazer algumas informações para agregar ao conhecimento da mulher, a fim de que ela se torne verdadeiramente conhecedora do seu corpo, podendo prevenir essa doença e uma melhor qualidade de vida.”

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. Cerca de 5% da população (homens e mulheres) sofre de incontinência. 

O problema causa prejuízo na qualidade de vida das pessoas, pois afeta o convívio social, profissional, sexualidade e saúde. Na mulher adulta, a incontinência urinária de esforço é a principal causa, que ocorre frequentemente na pessoa que teve algum tipo de lesão do esfíncter da uretra ou que tem perda de sustentação dos órgãos genitais devido à fraqueza dos músculos do assoalho pélvico. Com isso ela terá perda de urina ao espirrar, tossir, rir, levantar algo, subir escada ou fazer atividade física. Os tratamentos começam com técnicas comportamentais e fisioterapia. 

Outro tipo de incontinência é a de urgência ou bexiga hiperativa, causada principalmente pela Síndrome da Bexiga Hiperativa, em que há um desejo de urinar que é tão forte que a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo. O tratamento também começa com terapia comportamental e fisioterapia. Há a opção de uso de toxina botulínica e um implante de neuromodulador, espécie de marcapasso colocado no nervo sacral que ajuda a domar os estímulos para ir ao banheiro. Também há a mista, quando o paciente tem os dois tipos ao mesmo tempo.

A fisioterapeuta indica que a melhor forma de prevenção é fortalecer os músculos do assoalho pélvico com exercícios físicos. Algumas mudanças de hábitos no estilo de vida também podem ajudar, incluindo controlar a ingestão de líquidos, programar os intervalos entre as micções, treinar a bexiga, perder de peso, parar de fumar e controlar a hipertensão e diabetes. 

“O tratamento da incontinência urinária consiste em realizar exames para ser feito o diagnóstico. A fisioterapia é indicada para ajudar no caso dela, mas, caso o problema não se resolva, ela pode fazer cirurgia”, explica Iara. No tratamento podem ser usados cones vaginais, que ajudam a exercitar a musculatura pélvica, estimulação elétrica e toxina botulínica. 

1ª Semana da Mulher 

O evento teve início na manhã desta terça com o lançamento da campanha “Lenços e Laços com Amor”, com o objetivo de arrecadar lenços e laços para mulheres e crianças em tratamento de câncer no Hospital Araújo Jorge. Amanhã (4), será oferecida uma aula de defesa pessoal feminina, ministrada pelo Grupo Maria’s, às 10h30 e 15 horas, na área externa em frente ao Auditório Jaime Câmara. 

Na quinta (5), ocorre mais uma roda de conversa em que participam a Ouvidoria de Mulher na Câmara e o Grupo Maria’s com o tema “Empoderamento Feminino e a Violência contra a Mulher”, às 10 e 15 horas, na Sala de Reunião da Presidência. O encerramento será às 9 horas desta sexta-feira (9), com um café da manhã com todas as mulheres da Câmara Municipal de Goiânia no hall de entrada, em frente ao Auditório Carlos Eurico.