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Encontro de Valorização da Mulher lança olhar crítico sobre a sociedade

por Manuela-qi — publicado 25/08/2017 20h35, última modificação 25/08/2017 20h35

O 5º Encontro em Defesa e Valorização da Mulher do “Projeto Semeando a Paz: Campanha Não Vai ter Psiu!”, que nesta edição integrou a “8ª Semana pela Paz em Casa” do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ - GO), foi realizado na manhã de hoje no auditório do Fórum Cível de Goiânia. O evento foi dinâmico, diversificado, contou com palestras, vídeos e rodas de conversas com foco na luta feminina pela igualdade, no combate ao assédio e outros tipos de violência contra as mulheres, assim como na análise crítica dos padrões determinados pela sociedade.  

            O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Andrey Azeredo (PMDB), idealizador da campanha “Não Vai Ter Psiu!”, abriu as atividades comemorando a adesão de pessoas e instituições à campanha, o que amplia o diálogo e a conscientização. “Sabemos que é difícil lutar para se mudar comportamentos já naturalizados, mas estamos determinados a contribuir com a causa feminina permanentemente. Nossa campanha está consolidada, temos parceiros de renome e a cada edição estamos mais fortes. Essa é uma luta universal, necessária, urgente, e tem que ser abraçada por mulheres e homens e repassada às crianças e aos jovens para que tenhamos um futuro mais justo e humano”, afirmou Andrey.

            O Encontro contou ainda com a presença da vereadora Sabrina Garcez (PMB), da desembargadora do TJ, Sandra Regina Teodoro dos Reis, da superintendente Executiva de Direitos Humanos da Secretaria Cidadã, Onaide Santillo, representando o governador Marconi Perillo, da secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Célia Valadão, representando o prefeito Íris Rezende, da professora e coordenadora do projeto “Semeando a Paz”, Ilma Araújo, além de servidores do judiciário e da Câmara, estudantes e membros da comunidade.

            A Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e de Execução Penal, desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, que representou a diretora do Foro da comarca de Goiânia, juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, já é parceira da Campanha desde a última edição. Defensora das causas femininas, ela lembrou que “fomos criados para ter o homem e a mulher, o marido sendo a cabeça do casal, o chefe, e a mulher submissa, e hoje vemos que não existe isso.” E frisou: “Estou sempre atenta a esses temas. É essencial para nós do Judiciário entender sobre questões de gênero. Estamos aqui hoje para aprender e debates assim são muito bons para entendermos o que é a sociedade.”

            Importância social  

            Os dois palestrantes também elogiaram a iniciativa e enfatizaram a importância social de debater os temas propostos. O historiador André Luiz Ribeiro Justino considerou a oportunidade ímpar para esclarecer as pessoas: “Ações como essa são uma das formas que temos de coibir a violência porque o indivíduo vai pensar nas suas relações. Isso extrapola a sala de aula e o convívio doméstico e ganha o mundo.” A socióloga Aava Santiago agradeceu ao presidente da Câmara pela iniciativa e argumentou: “É fundamental que o Legislativo Municipal abrace essa luta. Esses encontros tiram da invisibilidade a batalha de sobrevivência das mulheres. Quando o Poder Público assume a responsabilidade pioneira de debater esses assuntos, cria-se uma agenda institucional. O assédio às mulheres é explícito, mas por ser naturalizado é tratado como velado. Assédio não é piada, não é brincadeira, não é mal entendido, não é cortesia, é uma violência e ao o tratamos como tal podemos buscar soluções e criar ambientes mais seguros e confortáveis para as mulheres”

            Após as palestras foram expostos vídeos sobre questões de gênero e o professor de História, Rainer Gonçalves Sousa, o psicólogo e psicanalista Vinícius Novais Gonçalves de Andrade, a Bombeira Militar Ludmila Côrrea da Silva e o professor Antônio Carlos dos Santos deram início às rodas de conversas. Eles abordaram temas como a busca pela igualdade, os padrões impostos pela sociedade e como redefini-los, como inspirar as novas gerações e os desafios vivenciados nos universos do trabalho e das relações pessoais.