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Enel não cumpre plano emergencial, revela AGR durante oitiva na CEI

por Da Redação publicado 29/06/2021 17h45, última modificação 29/06/2021 20h02

Enel não cumpre plano emergencial estabelecido em 2019, quando assumiu o serviço de Distribuição de Energia Elétrica, em Goiás, no lugar da Celg. A afirmação é do gerente de Energia da Agência Goiana de Regulação do Estado, Jorge Pereira da Silva, durante oitiva na tarde desta quarta-feira, 29, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a má prestação do serviço na Capital pela Enel.

Conforme o vereador Ronilson Reis (Pode), relator da CEI, naquela ocasião, o plano apresentado se dividia em seis pilares com ações para início imediato, de acordo com registro no portal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Consta do plano, por exemplo, a antecipação, de 2023 para dezembro de 2020, da construção de 13 novas subestações, além da ampliação de outras 18. E também a expansão, em 84 quilômetros, da malha de linhas de alta tensão e a instalação de 1.247 quilômetros de novas redes de média tensão.

Ronilson lembra que a Enel havia se comprometido a aumentar em 60% a capacidade de sua Central de Atendimento até março de 2019, além de criar um canal exclusivo para parte da população rural, de onde vem a maior das reclamações sobre o serviço. “Havia inúmeras previsões de ações em que, tudo indica, sequer saiu do papel”, afirma Ronilson.

O vereador fez um requerimento em que pede todas as informações do plano emergencial e que irá relacionar com as ações na Capital. “Queremos saber o que foi de fato feito e o que não foi, queremos passar a limpo, e punir os responsáveis”, pontua Ronilson.

A CEI também ouviu agora à tarde, o presidente da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos – (AGR), Dr. Marcelo Nunes Oliveira, representante dos moradores do Setor Chácaras Califórnia, Silmara Epifânia de Castro Carvalho e representando a Comissão de Direito do Consumidor da OAB Goiás, o advogado Murilo Caldeira. (Da assessoria do vereador Ronilson Reis).

Fiscalização e Multas

Os gestores da AGR informaram que a agência realizou fiscalização junto à  Enel distribuidora para verificar as denúncias recebidas de má prestação do serviço. Eles constaram que as metas indicados no Plano de Resultados acordado quando assumiram a empresa, não estava sendo cumpridas e foi enviado relatório para a Aneel, bem como estabelecida multa de R$ 87 milhões de penalidade.

Também relataram que que a Ouvidoria da AGR, que recebe as reclamações dos consumidores, constatou que o maior problema da Enel é a falta de qualidade no serviço prestado, com interrupção da energia elétrica nas casas e também demora no tempo de restabelecimento da energia.

Silmara Carvalho acrescentou que, na região Norte onde está localizado o bairro em que reside, o maior problema é a oscilação da energia, o que causa transtornos e danifica os aparelhos elétricos. Ela contou que a Enel já foi informada e que respondeu às reclamações dos moradores, afirmando que na região há um transformador ultrapassado e com capacidade para apenas oito residências e que no momento está ligado a mais de 60 famílias, mas não adiantou quando o mesmo será trocado por equipamento mais moderno e potente.

O presidente da CEI da Enel, vereador Mauro Rubem (PT), encerrou a reunião convocando o dia 6 de julho, às 14 horas, de forma híbrida, quando outros convocados serão ouvidos. (Assessoria de Imprensa da Casa).