Entidades pedem urgência na aprovação de auxílio emergencial para pessoas físicas e jurídicas
Entidades de representação do setor produtivo e de trabalhadores solicitaram nesta terça-feira (20) à Frente Parlamentar Vacina Para Todos e de Combate à Covid-19 que apresente à Prefeitura de Goiânia e ao governo de Goiás pedido de urgência na aprovação de auxílio emergencial para pessoas físicas e jurídicas. O encaminhamento foi feito durante audiência pública promovida pela frente parlamentar, presidida pelo vereador Mauro Rubem (PT), que é também presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS).
"Vamos encaminhar as deliberações desta audiência pública ao prefeito (Rogério Cruz, Republicanos) e ao governador (Ronaldo Caiado, DEM) para a tomada de decisões", afirmou Mauro Rubem ao final da reunião, com participação das entidades por meio do aplicativo zoom e em sessão transmitida pelo canal da TV Câmara no YouTube. A audiência pública teve a participação da presidente da Comissão de Educação e Cultura, Ciência e Tecnologia (CECCT), Aava Santiago (PSDB).
A aprovação de auxílio emergencial para compensar as perdas econômicas e de renda provocadas pela pandemia de covid-19 foi defendida e discutida pelos representantes das entidades. Participaram do debate o presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva; André Baleeiro, da Rede Agro Eco Sol Agroecologia, Cultura e Economia Solidária; o vice-presidente da Fecomércio, Ademildo Godoy; Valdir Minerovizcs, representando a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA); Elias Hanna, do CREMEGO; Fábio Basílio, Sinfargo; Andressa Araújo Martins, representante da Associação para Desenvolvimento da Agricultura Orgânica do Estado de Goiás (Adao); Jéssica Brito, do Movimento Camponês Popular (MCP) e Gilvan Rodrigues, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST).
Estudos desenvolvidos pela Impulso Gov, organização brasileira de saúde pública, suprapartidária e sem fins lucrativos, apontam que o avanço da vacinação no país terá impactos positivos a partir do mês de maio, podendo reduzir à metade a média móvel de óbitos no país e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde. Mas há uma ressalva.
De acordo com a Carta “Abril Pela Vida”, assinada por pesquisadores, especialistas de Saúde Pública, Economia e Políticas Públicas, tendo o cientista Miguel Nicolelis à frente, advertiu que é preciso reduzir a circulação do vírus de forma significativa e imediata para que a projeção tenha êxito. Caso contrário, alertam, será atingida a marca de 5 mil mortes diárias, conforme previsões de pesquisadores da Fiocruz.
O referido conjunto de medidas, intitulado “Abril pela Vida”, postula a adoção imediata de 30 dias de lockdown, que seriam responsáveis por salvar pelo menos 22 mil vidas, acompanhado de auxílio emergencial que seria capaz de neutralizar os efeitos econômicos negativos do lockdown.